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Terça-feira, 30 de julho de 2024

Notícias | Esportes

'Belas na Rede' é um programa de futebol, mesmo feito pro mulheres

Mais de 70 anos depois do advento do voto feminino, com duas candidatas à presidência do Brasil e da presença maciça de executivas, artistas, militares, empresárias e cientistas, ainda causa certa estranheza um programa esportivo feito apenas por mulheres, caso de Belas na Rede, da RedeTV!.

E olha que garotas na cobertura esportiva da tevê já são rotina há bom tempo. Uma das pioneiras foi Isabela Scalabrini, hoje na Globo de Minas Gerais. Ela foi repórter do Globo Esporte na década de 80, quando as entrevistas com jogadores ainda eram nos vestiários, única zona proibida para as repórteres.
Hoje, com as coletivas organizadas em salas de imprensa, o acesso das mulheres às informações é idêntico ao dos homens. E daí essa profusão de moçoilas que vemos no jornalismo esportivo da atualidade, cujo último bastião da masculinidade agora cai de vez. As mulheres dominam.
Caso de Cristina Lyra, Débora de Oliveira, Eduarda Streb, Mylena Ciribelli, Milly Lacombe, Soninha e Vanessa Riche, muitas delas vindas do rádio, um meio que até hoje abastece de profissionais a televisão. Glenda Kozlowisk e Renata Fan já ultrapassaram o esporte e se tornaram apresentadoras de reality shows e programas de auditório. Lá fora, a espanhola Sara Carbonero, do canal Telecinco, e a francesa Melissa Theuriau, do canal M6, rivalizam com a deusa mexicana Inés Sainz, da TV Azteca. Um jogo duro.
Por aqui, o Belas na Rede conta com Paloma Tocci como âncora e os comentários da colunista esportiva Marilia Ruiz e das ex-jogadoras Juliana Cabral - zagueira da seleção brasileira em 2004 - e Milena Domingues - rainha das embaixadinhas e campeã espanhola pelo Pozuelo.
O programa não difere de outras resenhas. Claro, desde que não se compare o sorriso de Milena ao queixo fofo do Galvão ou a cruzada de pernas mortal de Paloma Tocci ao jeitinho doce de Silvio Luiz. Mas o Belas na Rede é pautado pelo futebol e, no que interessa, é muito parecido com todos os outros. O destaque sempre fica com a clareza e o bom senso dos comentários. Faz falta ao programa um pouco mais de imagens de arquivo e de análises táticas através do video-tape.
O lado mais mocinha do programa fica por conta das entrevistas de Gabriela Pasqualin, que se apresenta alvoroçada ao lado de jogadores. Na semana passada, em entrevista com William, zagueiro e capitão do Corinthians, não arrancou grandes revelações sobre o Timão. Mas acabou descobrindo, entre outras manias, que o zagueiro Elias aplica diariamente cinco creminhos nas mãos, pés, pernas e no rosto. O futebol já é metrossexual.
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