Diante da clara possibilidade de o governador Silval Barbosa (PMDB) vencer as eleições gerais já no primeiro turno, os seus adversários na corrida pelo Palácio Paiaguás decidiram se unir para "malhar" e tecer duras críticas contra o peemedebista durante o debate promovido pela TV Gazeta, canal 10, iniciado na noite de segunda-feira (20) e encerrado no começo da madrugada de hoje (21).
O próprio Silval 'acusou o golpe' ao final do debate quando externou a "estratégia" de seus oponentes durante suas considerações finais. A despeito dessa união de forças dos oposicionistas, o governador conseguiu sobreviver à saraivada de críticas ácidas e denúncias contra a sua gestão e do ex-governador Blairo Maggi (PR).
Sobreviver e tentar mostrar que está preparado para continuar na cadeira de governador, além de revelar suas propostas, foi a estratégia de Silval Barbosa, que lidera todas as pesquisas de intenções de voto realizadas nos últimos 45 dias e tenta, agora, exortar seus aliados a vencer a eleição no primeiro turno.
As próximas 48 horas servirão para que os quatro candidatos avaliem se as estratégias adotadas serão bem aceitas pelos eleitores mato-grossenses, sobretudo os indecisos.
As acusações tocaram todos os setores e deficiências da atual gestão. A principal, porém, foi em relação ao escândalo do superfaturamento de R$ 44 milhões dos maquinários do programa MT 100% Equipado com o intuito de colocar em "xeque" a credibilidade do atual governador, que, segundo os concorrentes, não se importou em dar continuidade às investigações. Wilson Santos chegou a declarar que o governo tentou suspender o inquérito dos maquinários.
Tentando demonstrar tranquilidade diante dos ataques, o peemedebista por várias vezes citou as investidas como ato de desespero dos adversários que, na reta final da campanha eleitoral, atiram para todos os lados na tentativa de desqualificá-lo. Assegurou que, em relação aos maquinários tomou todas as providências para que não tenha nenhum prejuízo ao erário e que todos os envolvidos foram afastados, se referindo aos ex-secretários de Infraestrutura e de Administração, Vilceu Marchetti e Geraldo De Vitto, respectivamente.
Já Mendes questionou o peemedebista sobre os processos aos quais responde judicialmente, dois enquanto prefeito de Matupá e outros dois como deputado estadual, cargo ocupado por dois mandatos, e ainda sobre o atraso de três folhas de pagamento quando deixou a prefeitura do município.
O candidato do PSOL, Marcos Magno, por sua vez, criticou a ausência de Silval no debate realizado pelo Conselho Regional de Medicina (CRM), considerando a saúde a área pioritária do governo. Apontou ainda que ao que parece o candidato do PMDB tem fugido de discutir o assunto.
Atualizada às 10h44
