O secretário chefe da Casa Civil, Eder Moraes, saiu em defesa do governador e candidato a reeleição, Silval Barbosa (PMDB), e  desafiou o adversário do peemedebista na disputa, Wilson Santos (PSDB), para debater com ele sobre a denúncia de remissão direcionada para uma empresa do Paraná feita pelo tucano durante o debate realizado na noite dessa segunda-feira (20), pelo Grupo Gazeta de Comunicação.

No debate, Wilson acusou o Governo do Estado de ter beneficiado a Fertpar, empresa de fertilizantes do Paraná, ao ‘perdoar’ uma dívida no valor de R$ 155 milhões via decreto 2.311, de 23 de dezembro do ano passado. “O Wilson não precisa convocar o Silval, pode me chamar para debater com ele”, disse o secretário.

Eder explicou que o decreto foi para uma alteração de prazos e beneficiou todas as empresas do setor de fertilizantes. Os produtos chegavam aos portos e tinha um prazo de 90 dias para serem industrializados e internalizados no Estado, porém o prazo era insuficiente e não compatível com a atividade.

Diante disso o Governo do Estado, em ato da Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), dilatou o prazo da industrialização do setor de 90 para 300 dias. E as multas e infrações acumuladas no valor de R$ 155 milhões foram anuladas, pois, de acordo com Éder estavam irregulares. “Na justiça, a empresa derrubaria isso (multas), antes que ela deixasse Mato Grosso nós alteramos”, explicou.

O chefe da Casa Civil alegou ainda que Silval não tinha conhecimento do decreto, pois na época em que foi assinado o peemedebista estava como vice-governador e como não era de competência do vice, não esteve na alteração dos prazos.

Para rebater as denúncias, o secretário ainda indagou Wilson, que é ex-prefeito de Cuiabá, a explicar porquê de não ter licitado o serviço de coleta de lixo e no ‘apagar das luzes’ aumentar a tarifa do transporte coletivo na capital.