O atacante Neymar, do Santos, usará a camisa 100 no clássico contra o Palmeiras, neste sábado, a partir das 16h (horário de Brasília), na Vila Belmiro. Ele completou sua centésima partida como profissional contra o Vasco, terça-feira passada, no Rio de Janeiro. Foram 48 gols marcados e dois títulos, o Paulistão e a Copa do Brasil deste ano.
O jovem craque santista estreou no time profissional no dia 7 de março do ano passado, contra o Oeste, de Itápolis, no Pacaembu, pelo Paulistão. O primeiro gol veio uma semana depois, contra o Mogi Mirim, também no Pacaembu. Na ocasião, o garoto era apenas um projeto de estrela.
Embora demonstrasse potencial, era irregular. Quando assumiu o comando do Peixe, em agosto, Vanderlei Luxemburgo colocou Neymar no banco, considerando que o garoto era franzino demais.
- Parece um filé de borboleta - dizia.
Na virada do ano, Neymar cresceu e apareceu. O técnico Dorival Júnior foi quem fixou o garoto como titular. O treinador decidiu formar o elenco que conquistaria o Paulistão e a Copa do Brasil em torno das duas joias das categorias de base: Neymar e Paulo Henrique Ganso.
Deu certo, os dois viraram estrelas, foram à Seleção Brasileira. A maneira como lidaram com o sucesso, porém, não foi igual para ambos. Enquanto Ganso está sempre à margem de polêmicas, tem temperamento mais tranquilo, Neymar é explosivo. Gosta também de provocar adversários. Mostrou seu lado rebelde quando discutiu com Dorival e com o capitão santista, Edu Dracena, durante confronto contra o Atlético-GO, dia 15 de setembro, desencadeando uma crise que culminou com a demissão do treinador.
Atualmente, Neymar anda calado. Pelo menos em público. Não tem concedido entrevistas. A agenda de eventos sociais também foi enxugada e só será retomada após a poeira das polêmicas abaixar de vez.
