Os votos recebidos por candidatos barrados pela Justiça Eleitoral serão divulgados de maneira separada pelo Tribunal Superior Eleitoral, até decisão definitiva sobre as candidaturas.
Cada dia é uma agonia insuportável. Há uma perplexidade com posicionamentos de integrantes do Judiciário Eleitoral e da interpretação que eles dão, como se fossem decisões formais da Justiça Eleitoral. O momento é de apreensão. Depois do vai-e-vem sobre documento do eleitor e a lei da ficha limpa, a polêmica é sobre o destino dos votos dos candidatos com ficha suja.
Agora à noite, o TSE teve uma reunião, os ministros discutiram como se fará em relação a essa questão. E ficou decidido que os votos serão computados separadamente, e depois vão ser calculados. É um detalhe muito importante para a eleição proporcional. O ministro Marco Aurélio duvida que o TSE tenha poder de suplantar leis e desconsiderar o que o Supremo já decidiu: o voto depois de dado, saiba disto, eleitor, pertence ao partido político. Não se espantem se chegarem à conclusão mais tarde, no Judiciário, de que o melhor será deixar a lei da ficha limpa para as próximas eleições.
A campanha terminou oficialmente, mas só oficialmente. O artifício é dizer que são atos políticos e não de campanha. Como diz o colunista Ancelmo Góes do jornal O Globo, “é, pode ser”.
O único compromisso de Dilma Rousseff, do PT, foi o batizado do neto. A cerimônia foi realizada na Catedral Metropolitana, em Porto Alegre. Não foram permitidas imagens. Apenas uma foto foi divulgada na internet pela coordenação da campanha dela. No aeroporto, a candidata do PT falou sobre propostas na área da saúde para os idosos.
“Nós vamos distribuir remédios para hipertensão e para diabetes de forma gratuita. É justamente porque quando você faz isso, a sua ação de saúde pública é mais efetiva”, diz Dilma.
José Serra, do PSDB, fez uma caminhada na região metropolitana de São Paulo. Serra visitou o centro comercial de Osasco, uma das maiores cidades da região metropolitana da capital paulista. Entrou em lojas, cumprimentou comerciantes e conversou com eleitores. Serra voltou a dizer que, se eleito, vai aumentar o salário mínimo para R$ 600.
“Isso, sem dúvida nenhuma, vai estimular bastante o comercio no país como um todo. O Brasil precisa de uma economia forte para manter os empregos e ampliar a oferta de empregos”, diz Serra.
Marina Silva, do PV, fez uma caminhada no centro de São Paulo. Marina e o candidato do partido ao governo do Estado, Fábio Feldmann, fizeram uma caminhada no Viaduto do Chá. A manifestação terminou ao som do hino nacional.
Marina reafirmou o compromisso com um novo modelo de políticas para os mais pobres. “São as políticas sociais de terceira geração, criando meios para que as pessoas tenham igualdade de oportunidade, principalmente com a priorização na educação, no cooperativismo”, diz a candidata.
Plínio de Arruda Sampaio fez uma caminhada no Rio de Janeiro. Mas, antes, o candidato do PSOL almoçou com a família num restaurante à beira mar. Depois, na companhia do candidato ao governo do Estado, Jefferson Moura, discursou para militantes num palanque improvisado.
Plínio demonstrou satisfação com o que conseguiu fazer ao longo da campanha. “É a primeira vez que tem um candidato que fala o que o povo não pode ouvir. Mas ele falou. E é isso o que faz a diferença total. De modo que eu estou muito contente. Só posso estar contente”, diz o candidato.
A essa altura, já estamos na véspera da eleição. E, neste sábado, também deveremos ter o que a Christiane chamou de um dia de política sem chamar de campanha.