Centenas de pessoas enfrentaram fila e calor para votar em trânsito neste domingo (3), em Brasília. A capital do país registrou o segundo maior número de eleitores que votaram fora do do domicílio eleitoral. Ao todo, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cadastrou 8.097 eleitores na cidade.

Todos os eleitores que votaram em trânsito em Brasília foram colocados em seções eleitorais instaladas em uma única escola da Asa Sul, no Plano Piloto de Brasília. Apesar de o voto em trânsito ser permitido apenas para presidente da República, o que poderia tornar mais ágil a votação, o tempo de espera nas filas não diminuiu.

Centenas de pessoas se aglomeraram em longas filas para votar em trânsito em Brasília neste domingo. A

Segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), cerca de 600 pessoas votaram por seção no local, o dobro do número previsto inicialmente. O número foi ampliado devido ao voto ser apenas para presidente. De acordo com o tribunal, se houver segundo turno, um novo sistema de votação deverá ser feito para evitar filas. Assim como nas demais seções, idosos e gestantes tinham preferência para votar.

Neste domingo, algumas pessoas tiveram de esperar por mais de uma hora até chegar ao local de votação. As longas filas nos corredores da escola pioraram a situação, e o calor intenso fez com que algumas pessoas até tivessem indisposição.

Foi o caso da advogada Claudiene Maia. Ela, que mora há oito meses em Brasília, esperou por mais de uma hora para poder votar. Enquanto esperava, a filha de Claudiene, de sete anos, improvisou uma espécie de cadeira em cima de uma armário, onde o calor era menos intenso. Para as próximas eleições, a advogada, que é de Salvador, já se programa para transferir o título de eleitor para Brasília, a fim de evitar problemas.

" É um desrespeito com o eleitor. Esse é um momento de democracia e temos de ficar esperando tanto tempo, sem as mínimas condições. É revoltante", reclamou a advogada.

O voto em trânsito é uma novidade nas eleições deste ano. A alteração na legislação eleitoral, aprovada pelo Congresso, permitiu ao eleitor que estivesse em uma capital de estado ou no Distrito Federal, votar para presidente, desde que tenha feito o registro.