O saldo total das carteiras de CDC e Leasing para aquisição de veículos pelas pessoas físicas atingiu R$ 173,1 bilhões em agosto. De acordo com levantamento da Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef), divulgado nesta segunda-feira (4), o volume é 15,7% superior aos R$ 149,6 bilhões registrados em agosto de 2009.
No acumulado de 2010, a expansão do crédito foi de 10%. “O resultado reflete o bom momento da economia brasileira. O crescimento do nosso setor impulsiona a indústria automobilística e a confiança do consumidor também está em alta”, afirma em nota o presidente da Anef, Décio Carbonari de Almeida.
O CDC segue como a modalidade preferida para o financiamento de veículos por pessoas físicas. Ao analisar as carteiras separadamente, o saldo de CDC em agosto foi de R$ 120,8 bilhões, contra R$ 85,3 bilhões no mesmo período do ano passado. Assim, a alta é de 41,6%. No acumulado de 2010, o saldo da carteira de CDC registrou alta de 28,3%. Já a carteira de Leasing apresentou retração 18,7% nos últimos 12 meses e fechou agosto de 2010 em R$ 52,3 bilhões. No mesmo período do ano passado foram R$ 64,3 bilhões.
Os planos médios de financiamento fecharam agosto em 42 meses, pequena variação frente aos 41 meses registrados no mesmo mês em 2009.
Inadimplência
A inadimplência acima de 90 dias na carteira de CDC continua em queda. O índice foi de 3,2% em agosto de 2010, contra 5,1% no mesmo período do ano passado, recuo de 1,9 ponto percentual. Em agosto de 2008, período pré-crise financeira internacional, o índice era de 3,8%. “Os índices de inadimplência vêm caindo mês após mês. Com o aumento na renda média do trabalhador e a queda no desemprego, essa tendência deve persistir”, avalia Almeida.
Juros
A taxa média de juros praticada pelas associadas à Anef recuou 0,01 ponto percentual entre julho e agosto, fechando em 1,44% ao mês. Em comparação a agosto de 2009, o recuo é de 0,05 ponto percentual já que a taxa média praticada pelas associadas à Anef foi de 1,49%. “Apesar do aumento da taxa Selic neste mesmo período (indo de 8,75% a.a. para 10,75% a.a.), a maior participação de taxas promocionais oferecidas pelos bancos de montadoras acabou por produzir aquela redução”, complementa Almeida.
