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Terça-feira, 30 de julho de 2024

Notícias | Economia

Companhias aéreas terão perdas de US$ 4,7 bi em 2009, diz associação

As companhias aéreas perderão um total de US$ 4,7 bilhões em 2009 e enfrentarão o pior cenário dos últimos 60 anos, por causa da atual crise econômica, anunciou nesta terça-feira a Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo, na sigla em inglês).


"O ano de 2009 será o mais duro da história das companhias aéreas. Nunca vimos nada semelhante", disse o presidente da Iata, Giovanni Bisignani. A associação explicou que 2009 será o pior ano desde 1930, dado que os últimos cálculos indicam que o lucro total cairá 12% a respeito do ano anterior, ou seja, deixarão de ser obtidos cerca de US$ 63 bilhões.

"Em 2008, esta foi uma indústria de US$ 530 bilhões, este ano se transformará em uma de US$ 467 bilhões", disse Bisignani. A associação calcula que as perdas líquidas serão de US$ 4,7 bilhões em 2009.

O cálculo está revisado; em dezembro, a Iata elaborou uma previsão que indicou que as perdas líquidas seriam de US$ 2,5 bilhões.

Os piores resultados serão registrados este ano pelo tráfego aéreo de carga, com uma redução de 13% a respeito do ano passado, devido à queda do comércio mundial, enquanto o tráfego de passageiros cairá 5,7%. Segundo Bisignani, uma das principais causas da situação atual é que a demanda caiu "de forma dramática".

O presidente apontou especialmente o tráfego em classe executiva, "que é onde as companhias obtêm o lucro". Segundo os cálculos da Iata, o tráfego nessa categoria cairá 16,7%.

"Em janeiro, o transporte de carga caiu no mundo 23,2%, este é o principal indicador de que o mundo está em crise, que os consumidores não compram e os empresários não produzem."

Bisignani previu que a situação "irá piorar, antes de melhorar" --o que só deve ocorrer a partir de 2010.

O único aspecto positivo destacado pela associação é a conta do combustível: no ano passado, o custo do combustível derivado do petróleo representava 32% da conta total de operações das companhias aéreas. Neste ano, com o preço do petróleo a US$ 50 por barril, o custo será de 25%.

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