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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Estudantes de MT constroem aviões mais leves para XII Competição SAE BRASIL AeroDesign

Mato Grosso – Outra equipe que construiu o avião com compartimento de carga nas asas é Aeroo, da Universidade Federal do Mato Grosso. Com isso, a aeronave ficou 15% mais leve em relação ao antigo projeto e pode carregar até 12kg durante o voo. “Nosso avião agora está maior, porém mais leve, e com possibilidades de carregar pesos maiores” explica o capitão Saulo Oliveira, que realizou rifas e mini-cursos para conseguir dinheiro e construir o avião, de R$ 12 mil.


Ainda, o monoplano possui airelons tipo junkers, para garantir estabilidade; e bequilha com amortecimento, para não danificar o avião durante o pouso. “Desenvolver um projeto como este nos proporciona experiência para trabalhar em grupo, maturidade, além de preparação para o mercado de trabalho”, anima-se Oliveira.

Ao todo, 96 equipes estão inscritas na competição (91 em 2009), num total de 1,3 mil estudantes, que projetaram, construíram e agora testam aeronaves rádiocontroladas para a competição. As equipes representam 79 instituições de ensino superior do Brasil, Venezuela, México, EUA e Índia, sendo nove estrangeiras.

Para participar da competição, todas as equipes são desafiadas a projetar e construir aviões rádiocontrolados e depois submeterem seus projetos a avaliações teóricas e práticas, conduzidas por gabaritado time de engenheiros da indústria aeronáutica. As avaliações e a classificação das equipes serão realizadas em duas etapas: Competição de Projeto e Competição de Voo, conforme o regulamento baseado em desafios reais enfrentados pela indústria aeronáutica e disponível no site da SAE BRASIL - www.saebrasil.org.br.

Ao final do evento, duas equipes da Classe Regular, uma Classe Aberta e uma da Classe Micro, que obtiverem melhores pontuações em suas respectivas categorias ganharão o direito de representarem o Brasil na SAE Aerodesign East Competition, em 2011, nos EUA, onde equipes brasileiras acumulam histórico expressivo de participações: cinco primeiros lugares na Classe Regular, quatro na Classe Aberta e um primeiro lugar Classe Micro, sendo que esta última categoria passou a ser disputada no Brasil apenas a partir de 2009. A SAE East Competition é realizada pela SAE International, que deu origem à SAE BRASIL e da qual esta é afiliada

Categorias – Com aviões de dimensões reduzidas, a Classe Micro não impõe restrições geométricas aos projetos nem ao número de motores, porém a equipe deve ser capaz de transportar a aeronave dentro de uma caixa de 0,125m³. Nesta categoria, as aeronaves podem usar motores elétricos e devem decolar em até 30,5m.

Na Classe Regular, os aviões são monomotores, com cilindrada padronizada em 10 cc (10 cm3 ou 0,61 in3). O regulamento impõe restrições geométricas que delimitam as dimensões máximas das aeronaves, que devem ser capazes de decolar em distância máxima delimitada, de 30,5m ou 61m. Na Classe Aberta, não existem restrições geométricas às aeronaves ou ao número de motores instalados, desde que a soma das cilindradas dos motores não ultrapasse 14,9 cc (ou 0,91 in3). A distância máxima de decolagem não pode exceder 61m. Esta categoria é a única a permitir a presença de pós-graduandos entre os integrantes da equipe.

Organizado pela Seção Regional São José dos Campos, da SAE BRASIL, o Projeto AeroDesign é um programa de fins educacionais que tem como principal objetivo propiciar a difusão e o intercâmbio de técnicas e conhecimentos de engenharia aeronáutica entre estudantes e futuros profissionais da engenharia da mobilidade, através de aplicações práticas e da competição entre equipes, formadas por estudantes de graduação e pós-graduação (stricto sensu), de Engenharia, Física e Ciências Aeronáuticas.

Para o presidente da SAE BRASIL, engenheiro Besaliel Botelho, o Projeto SAE BRASIL AeroDesign é um celeiro de talentos da engenharia aeroespacial brasileira. “A competição é palco para os jovens futuros engenheiros aeronáuticos demonstrarem seu potencial e sua capacidade para desenvolver projetos inovadores no setor”, ressalta Botelho, ao completar que a competição é utilizada como oportunidade para recrutamento de futuros engenheiros pelas grandes empresas da área.
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