O governador de Goiás, Alcides Rodrigues (PP), foi recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira (13) e conseguiu a autorização de um empréstimo de R$ 3,7 bilhões da Caixa Econômica Federal para o governo do Estado salvar as dívidas da Companhia Energética de Goiás (Celg).

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A má administração da Celg foi um dos pontos centrais do debate durante a campanha para o governo do Estado, especialmente entre Marconi Perillo (PSDB) e Iris Rezende (PMDB), candidatos ao segundo turno. Cada um jogou no colo do outro a responsabilidade sobre a dívida de aproximadamente R$ 6 bilhões que a companhia acumula.

Alcides negou interesse eleitoral no anúncio do empréstimo, em plena campanha de segundo turno para presidência e para o governo de Goiás. "Foi coincidência. Uma negociação dessa demanda tempo. Chegou um momento em que a empresa foi salva", respondeu. O governador disse que Lula não precisou pedir apoio para a campanha da candidata petista Dilma Rousseff, pois "ele já sabe que nós estamos engajados nisso".

Segundo o presidente da Celg, Carlos Silva, os recursos irão para o Tesouro estadual, para saldar dívidas do Estado com a empresa e também para aporte de capital. O juros serão de 6% ao ano, com prazo para pagamento de 20 anos.

Durante um comício com Dilma e Iris Rezende em Valparaíso (GO), Lula culpou o senador tucano pelo fato de o Congresso Nacional ter barrado um projeto que destinava recursos para a Celg. "Até hoje, não foi explicado porque a Celg quebrou. Então, resolvemos emprestar dinheiro para que a Celg voltasse a funcionar corretamente, mas ele (Perillo) resolveu colocar gente para votar contra", afirmou.