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Terça-feira, 30 de julho de 2024

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Goiás vence o Peñarol e dá passo importante para classificação inédita

Era uma decisão difícil. No entanto, mesmo na penúltima colocação do Campeonato Brasileiro, o Goiás optou por levar o time principal para o jogo contra o Peñarol-URU, nesta quarta-feira, no Serra Dourada. E valeu a pena. Com a vitória por 1 a 0, o Esmeraldino deu um importante passo nas oitavas de final da Copa Sul-Americana, competição que garante ao campeão a vaga na Libertadores de 2011.


O resultado ajuda a amenizar um pouco a conflituosa relação com a torcida, insatisfeita com a situação do time no Nacional. Até porque, este é o segundo triunfo seguido dos comandados de Jorginho, que ganharam também o Vitória (1 a 0), no domingo, em Goiânia. Apenas Rafael Moura, autor do gol, foi criticado. Chamado de pipoqueiro no fim de semana, recebeu vaias ao ser substituído por Jones.

Na próxima quarta-feira (20) tem novo encontro entre as equipes, no Estádio Centenário, em Montevidéu, para ver quem fica com a vaga nas quartas de final. O Esmeraldinho joga pelo empate e até por derrotas por um gol de diferença a partir de 2 a 1. Se o Peñarol devolver o 1 a 0, leva a decisão para os pênaltis. Caso triunfe no Uruguai, será uma classificação inédita para o time goiano. Em 2007, a equipe parou diante do Arsenal (Argentina) e, em 2009, caiu para o Cerro Porteño (Paraguai).

O jogo

Não fossem algumas jogadas atabalhoadas na defesa esmeraldina, o primeiro tempo tinha tudo para ser bem tranquilo para a pequena torcida no Serra Dourada. Com a boa movimentação do meia Bernrado e do atacante Felipe, que saiu bastante da área para ajudar na armação das jogadas, o Goiás sufocou o Peñarol nos minutos iniciais.

Enquanto Bernardo distribuía bem a bola, Douglas era muito acionado pela direita e incomodava no primeiro tempo. Foi pelo setor, nas costas do lateral-esquerdo Darío Rodríguez, que saíram algumas das principais jogadas de ataque.

Dos pés de Douglas, aliás, saiu o primeiro lance que tirou o grito da garganta dos esmeraldinos. Aos três minutos, ele cruzou na medida para Rafael Moura balançar a rede. Mas o lance foi anulado, pois o atacante estava em posição irregular.

Os uruguaios se assustaram com a pressão inicial dos anfitriões. Mais recuados, se limitaram a evitar o pior e esperaram as bobeadas da defesa adversária. Ernando, no início, e Marcão saíram jogando errado e deram o contra-ataque para o rival, que não soube aproveitar os presentes.

Já o Goiás foi recompensado com o gol. Em lance ensaiado, Wellington Saci cobrou escanteio da esquerda, o zagueiro Ernando desviou de cabeça, e Rafael Moura escorou para o fundo da rede, aos 22.

A movimentação uruguaia só melhorou quando o apoiador Martinuccio saiu machucado de campo, e o experiente argentino Solari, de 33 anos, ex-Real Madrid, entrou. Mas restavam apenas cinco minutos para o fim da etapa inicial e ele pouco pôde fazer. Em um dos lances, o argentino mandou para área, e Wellington Saci, escalado como ala pela esquerda, se assustou. Ao tentar afastar, mandou no próprio travessão. Não fosse o toque na mão de Harlei, Estoyanoff ficaria livre com a bola para empatar. Foi o último lance do primeiro tempo.

Peñarol assusta, Goiás se segura; Rafael Moura é vaiado e aplaude


Na volta do intervalo, o técnico Manuel Keosseian tirou o inoperante atacante Pacheco e lançou o lateral Matías Corujo. Estoyanoff passou a jogar na frente, dando mais velocidade ao time. E Solari encostou mais no ataque. Deu certo.

O time conseguiu ser mais presente no campo de ataque. Tanto que Solari, por duas vezes, assustou. Na segunda oportunidade, aos 16 minutos, Ramis cruzou, e o argentino por pouco não desviou de cabeça para empatar a partida.

Aparentemente cansado, o Esmeraldino esperava a hora certa para emplacar um lance ofensivo. Depois de boa atuação, Felipe pediu para sair. Com mais gás, Everton Santos o substituiu. Mas pouco apareceu.

Quem não passou despercebido pela torcida foi o atacante Rafael Moura. Aos 28, perdeu um gol sozinho na área. Livre, tentou tirar do goleiro Sosa e mandou para fora. Pouco tempo depois, deixou o campo para dar lugar a Jones e foi obrigado a escutar sonoras vaias. Às turras com os esmeraldinos, o He-Man aplaudiu a manifestação.

Ao escutar o grito de “Uuuuuh!” para Rafael Moura, o técnico Manuel Keosseian perguntou para os repórteres que estavam próximos ao banco do Peñarol se o Goiás estava em crise. A resposta foi positiva. E ele então chegou a admitir que a derrota estava de bom tamanho.

Depois, as duas equipes diminuíram o ritmo, tocaram a bola e, ao que parece, ficaram satisfeitas com o placar.
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