Em nota oficial, a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) anunciou no sábado o corte da judoca Rafaela Silva do Mundial júnior, no fim deste mês, no Marrocos. O motivo teria sido a saída sem autorização da atleta da concentração para que ela se apresentasse ao Fluminense, seu novo clube. Também presente ao evento, Flávio Canto, idealizador do Instituto Reação, que assinou a parceria com o Tricolor, criticou a confederação

- A autorização para sair da concentração para participar da apresentação no Fluminense foi solicitada sim - inclusive por mim. Faltou, porém, melhor entendimento por nossa parte sobre a aprovação formal desta liberação. Rafaela não foi à praia ou ao cinema, foi se apresentar ao seu novo patrocinador – disse o judoca, de acordo como Twitter de seu instituto.

Para o judoca, o corte seria um exagero por parte da CBJ.

- Respeito a decisão da CBJ, que vem fazendo um ótimo trabalho à frente do judô brasileiro nos últimos anos. Entretanto, considero o corte, sem direito a defesa, um tremendo exagero e sem nenhum sentido construtivo. Faz lembrar um período negro e autoritário na história de nosso esporte, que esperamos não voltar mais – afirmou.

A nota da CBJ afirmava que o corte havia sido decidido após reunião entre a diretoria.

- Após uma reunião envolvendo um colegiado formado pelo presidente da CBJ, Paulo Wanderley Teixeira, o coordenador técnico da base, Luiz Romariz, o coordenador técnico internacional da CBJ, Ney Wilson, e os treinadores Douglas Vieira, Henrique Guimarães e Rosicleia Campos, foi decidido, de forma unânime, o desligamento da atleta da delegação - disse a nota.

Em 2008, Rafaela Silva se destacou no esporte ao garantir a medalha de ouro no Mundial júnior em Bancoc, na Tailândia. No Marrocos, ela seria a primeira judoca a representar o Fluminense após o acordo.

- É uma enorme felicidade defender o Fluminense, que é o meu time de coração. Se Deus quiser, eu volto de lá com uma medalha - disse Rafaela.