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Domingo, 19 de maio de 2024

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Discriminação contra mulher ainda impera no voto do eleitor”, diz Serys

Discriminação contra mulher ainda impera no voto do eleitor”, diz Serys
A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) destacou nesta terça-feira (19-10) a redução do número de mulheres no Congresso Nacional brasileiro, após as eleições 2010. Ela disse ser lamentável que Mato Grosso não tenha conseguido sequer uma única representante do sexo feminino entre as eleitas para a próxima legislatura.


“E isso não aconteceu somente em Mato Grosso, apesar de as regras que estimulam a participação das mulheres na política, a presença feminina no Congresso permanecerá a mesma no próximo pleito: 56 parlamentares: 12 no Senado e 43 na Câmara. Interessante é notar que o número permanecerá inalterado, mesmo tendo quase dobrado o número de candidatas concorrendo à Câmara em relação à disputa de 2006, 40% a mais. O resultado no final, nas urnas, não acompanhou o crescimento, pelo contrário, ficou estagnado”, avaliou Serys.

Ela salientou que mesmo com a minirreforma eleitoral (Lei 12034/2009), os avanços para que as mulheres ingressem na política não foram tão consideráveis. A parlamentar explicou que a confirmou os 30% das vagas destinadas às mulheres, mas acrescentou 5% da cota dos fundos partidários para as campanhas femininas e 10% do tempo na propaganda eleitoral. Tudo para incentivar a participação das mulheres.

“No entanto, o que podemos ver é que a discriminação ainda impera no voto do eleitor, que, muitas vezes, não vê capacidade na mulher. Acha que o homem fará melhor gestão. E ainda tem a questão do preenchimento de vagas por mulheres, mas que apenas estão ali para cumprir exigência de legenda.”

Serys falou sobre um levantamento da Organização das Nações Unidas, que aponta o Brasil com queda maior em relação a presença da mulher no parlamento. Este dado no Jornal O Globo. Até a última eleição, em 2006, o Brasil encontrava-se na posição de número 104, mas desceu para a posição 106. Não podemos deixar isso acontecer e temos que mobilizar: mulher tem que votar em mulher. Dessa forma já ganharíamos as eleições, pois somos 52% da população.

A parlamentar também criticou o modelo de se fazer campanhas no Brasil. “A verdade é que este modelo adotado nas disputas eleitorais está falido. O que assisti em Mato Grosso neste processo eleitoral reforça minhas convicções.” Ela se referiu ao poder econômico imperando nas campanhas, defendendo o financiamento público. “O Brasil precisa da aprovação de uma reforma política que viabilize candidaturas desprovidas de poder econômico, de modo que qualquer cidadão, seja homem ou mulher, desprovido de recursos financeiros possa concorrer de forma igualitária a cargos eletivos. Cito como exemplo a questão do financiamento público de campanhas e o voto em listas com alternância de gênero, isso reduziria o “caciquismo” políticos dos partidos, que hoje tem seus quadros diretivos majoritariamente controlados por homens”, finalizou.
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