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Terça-feira, 07 de maio de 2024

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CURTO E GROSSO

Não posso apoiar quem não sabe que existo, diz Pedro Taques

O senador eleito Pedro Taques (PDT) revelou que não apoiará a candidatura de Dilma Roussef (PT) à Presidência da República porque ela, sequer, sabe da sua existência. “Eu me reservo o direito de analisar as propostas de Dilma antes de declarar apoio. Não posso apoiar quem não sabe da minha existência”, reiterou o ex-procurador da República.


Ele reclamou ainda, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, de ter sido isolado durante a campanha eleitoral, mesmo a sigla fazendo parte do arco de aliança em defesa da eleição de Dilma. Aparecia sozinho no programa eleitoral da TV, sem o reforço da candidata do PT e do presidente Lula, que “rechearam” no espaço destinado ao outro candidato ao Senado Federal, Carlos Abicalil (PT), derrotado nas urnas.

Hoje, tanto a coordenação da campanha a presidente de José Serra (PSDB) em Mato Grosso, quanto o grupo de Dilma, disputam o apoio de Taques neste segundo turno. Ele, porém, tem se esquivado e preferiu se manter neutro.

Confira a entrevista na íntegra:

Folha - Qual será o seu principal foco no Senado?

Pedro Taques - Criar leis, até porque sou da área jurídica, e fiscalizar o Executivo.
O sr. combateu o crime organizado e a corrupção. Pretende dar ênfase a essa área?
Lógico que sim, não posso esquecer meu passado. Mas não posso ser monotemático.

Quais as outras questões que pretende levantar?


Pretendo tratar da democratização dos meios de comunicação, diante do número de rádios e redes de televisão concedidos a políticos, e também do financiamento público de campanha. Quero discutir a imunidade processual dos parlamentares, que é uma vergonha. Alguns parlamentares usam o mandato para cometer crimes.

Como vê as propostas dos dois candidatos para combater o crime organizado?

A criação de um Ministério da Segurança Pública é algo que me atrai. Temos que repensar o papel das Forças Armadas, o fortalecimento das polícias na fronteira, para evitar o tráfico de drogas. A União tem que ter um papel mais forte, sob pena de chegarmos ao que a Colômbia viveu e ao que o México vive.

Estou falando como técnico. Eu fiz cursos nos Estados Unidos e na Itália. A proposta de um ministério é mais interessante do que uma maior atuação da Secretaria Nacional de Segurança.

Quais as dificuldades que enfrentou em sua campanha?

Algumas pessoas que eu combati pressionaram para que os doadores não fizessem contribuições. Fui afastado pela classe política, que não me via com bons olhos.

Quem o apoiava?

Só eu aparecia no meu programa eleitoral, enquanto Lula e Dilma pediam votos para o outro candidato [Maggi]. Dilma foi duas vezes lá.

Quem o sr. apoiará no segundo turno: Dilma ou Serra?

Eu me reservo o direito de analisar as propostas de Dilma antes de declarar apoio. Não posso apoiar quem não sabe da minha existência.
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