O deputado reeleito José Domingos Fraga (DEM) acredita que se a mudança da nomenclatura da secretaria de Infraestrutura do Estado (Sinfra), que passará a ser pasta de Transportes, for uma estratégia para apagar o escândalo do superfaturamento dos maquinários da memória da população, não dará certo.

Para o parlamentar, o caso que veio à tona em abril deste ano só será esquecido depois que o inquérito for concluído pela Delegacia Fazendária e os culpados forem punidos. “Não é a mudança de nomenclatura que vai ‘deletar’ da cabeça dos mato-grossenses o escândalo dos maquinários”.

Ele alegou que não vê motivo para mudança de nome e frisa que a sociedade está “antenada” no superfaturamento de R$ 44 milhões na aquisição das máquinas na gestão do ex-governador Blairo Maggi, que foi eleito senador, principalmente pelo caso ter sido abordado amplamente pelos candidatos ao Palácio Paiaguás durante a campanha eleitoral deste ano.

O deputado se diz preocupado com a incorporação do programa MT Regional, criado na gestão do ex-secretário de Projetos Estratégicos, Clóves Vetoratto, já falecido, à secretaria das Cidades, diante da importância do programa. “Não existe ferramenta para trabalhar os municípios com economias exauridas em Mato Grosso, além do MT Regional”, avalia.

Também defende que a secretaria das Cidades dê prioridade à construção de aterros sanitários, pois, segundo ele, hoje 99% dos municípios mato-grossenses se assemelham a “lixões”, devido a falta de local apropriado para o destino do lixo produzido nas cidades.

Já em relação à extinção da secretaria de Desenvolvimento Rural que passará a ser chamada de Secretaria de Reforma Agrária e Irrigação, Zé Domingos afirma ser preciso haver a instituição de um programa de fomento destinado a fortalecer a agricultura familiar e, com isso, eliminar os “atravessadores” de produtos, como são classificados aqueles que atuam como revendedores.

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