O assassinato de Arkybaldo Junqueira, então presidente do PRP, completa um ano nesta sexta-feira (22) ainda sem nenhuma solução. As investigações do caso seguem em sigilo, mas de acordo com o advogado da família da vítima, Alexandre Nery, o mistério do assassinato pode estar prestes a ser resolvido.
“Falei com o delegado responsável pelo caso, o Márcio Pieroni, recentemente e ele me disse que está prestes a solucionar o caso”, diz o advogado. A explicação para a demora na conclusão do inquérito é que a Polícia está trabalhando com em várias frentes de investigação, devida complexidade do caso.
Apesar de um aparente otimismo por conta da possibilidade da resolução do caso estar próxima, o advogado da família de Junqueira lamenta este ‘aniversário’ de morte sem a resolução. “É uma pena por causa da família, que está esperando a tanto tempo por uma resposta”.
O caso
O empresário e presidente estadual do PRP, Arkibaldo Junqueira dos Santos, 51, foi assassinado a tiros na manhã de em 22 de outubro de 2009, em Cuiabá. Conforme informações da Polícia Militar, ele foi atingido com três tiros nas costas em frente à própria empresa, localizada no bairro Poção.
Mário Junqueira, 27, filho de Arkibaldo Junqueira dos Santos, apontou, na ocasião, em entrevista ao Olhar Direto, alguns fatos que podem ter motivado o crime. No entanto, o rapaz preferiu não falar muito a respeito e esperar as conclusões da polícia.
“Ideias sobre o assassinato eu tenho algumas, mas é muito prematuro falar qualquer coisa agora. Com o tempo nós vamos descobrir, vamos saber”, disse Mário.
A primeira das ideias exposta pelo jovem tem relação comercial. “Ele era o único fornecedor de cloro gasoso para o município. O único”, salientou, sobre o produto químico que a empresa de seu pai, a “Mille Huma Comércio e Indústria Ltda”, fornecia à Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap).
A família também não descarta a possibilidade de crime de cunho político, já que Junqueira era presidente regional de um partido, o PRP.
Já sobre um assassinato motivado por dívidas, como correram algumas conversas, Mário explicou que seu pai não devia dinheiro a ninguém, mas tinha dívidas a receber na praça. “Tinha uma pessoa que, só ela, devia mais de 800 mil reais para o meu pai”, comenta.
“Mas só vamos saber com o tempo. Não quero falar besteira. Vamos prestar todo o apoio à polícia e acreditamos que ela vai realizar um bom trabalho”, finalizou Mário.
Missa de um ano
A missa de sétimo dia de Arkybaldo será realizada logo mais, às 19h, na Igreja São João Bosco, no bairro Cidade Alta, próximo ao Colégio Notre Dame de Lourdes.