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Terça-feira, 30 de julho de 2024

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Barueri descarta 'time cigano' e nega fusão com São Caetano

Após o São Caetano iniciar uma batalha judicial com a prefeitura e ensejar uma migração, a boataria colocou Barueri como o próximo destino do Azulão. No entanto, o município mostrou-se vacinado com a saída inesperada do Grêmio Barueri (que, no início de 2010, mudou-se para Presidente Prudente) e rechaçou uma fusão com outro clube cigano.


José Calil, secretário de Esportes de Barueri, confirmou um contato inicial com o São Caetano. "No meio do futebol existem pessoas que gravitam em torno dos clubes. Empresários ligados ao São Caetano ligaram para a prefeitura e para o clube sondando o terreno, mas nada de oficial", afirmou.

Apesar da conversa embrionária, Calil explicou a filosofia do Sport Club Barueri, criado em outubro de 2009, com o financiamento de empresários locais, para suprir a saída do ''extinto'' Grêmio Barueri e que, no começo de 2010, incorporou o Campinas - o acordo envolveu também uma vaga na Série A-3 do Paulistão.

"É muito difícil acontecer a fusão. A modalidade da negociação é a mesma que o Guará fez para ir a Americana, que o Grêmio fez para ir a Prudente. Não queremos equipes LTDA (clube-empresas). Nosso clube tem presidente e uma gestão completa. Eles (São Caetano) querem, simplesmente, mudar o comando para outra cidade. Bem diferente do nosso caso com o Campinas, o qual nós adquirimos o clube. Não temos o interesse de ter um novo dono e viver outro caso de o cara vir aqui, usar o time e ir embora" explicou.

Segundo Calil, a cidade quer um time de futebol para se apegar, para fincar raízes. "Vamos supor que o São Caetano venha aqui, conquiste a Libertadores, o Mundial, usufrua nossas instalações (como a Arena Barueri) e depois vá embora. Não queremos isso de novo. Se o acordo fizesse com que nós incorporássemos o São Caetano e disputássemos as competições dele, seria ótimo. Mas não é isso que eles planejam", reiterou.

Na época da saída do Grêmio, Calil foi um ferrenho opositor e chegou até a protagonizar rachas dentro do clube. Ressentido, o secretário fez severas críticas à "manobra unilateral" e admitiu que a cidade tentará até as últimas instâncias recuperar o time.

"Entramos como uma ação no final de 2009, quando o time ainda estava na cidade. Depois da tragédia anunciada, de forma diplomática, entramos na Justiça no começo de 2010 para evitar a disputa da equipe no Paulistão e depois da Série B. Vamos tentar até o fim e eu tenho certeza que ganharemos. Foi uma atitude unilateral (transformar o clube em empresa), um ato ilegal e imoral feitos pelo último secretário", criticou Calil que almeja, no futuro, trazer de volta o ex-clube à população e torná-lo um símbolo, um patrimônio da cidade.
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