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Quarta-feira, 24 de julho de 2024

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atendimento falho

Barra enfrenta irregularidade no quadro de médicos da rede pública

A cidade de Barra do Garças, no leste de MT, está enfrentando uma situação de irregularidade de médicos nos postos de saúde onde funcionam o Programa da Saúde da Família (PSF). Nesta semana, de cinco unidades visitadas pela reportagem do Olhar Direto só havia médico em uma unidade.


Um dos motivos dessa situação pode estar nos baixos salários que são pagos na rede pública e desestimulam os profissionais a irem para o interior trabalhar em um posto de saúde.

Em média, a Prefeitura de Barra do Garças está pagando R$ 3.700,00 a um médico para trabalhar num posto de saúde. Um médico que pediu para não ser identificado disse que na gestão passada recebia quase R$ 5 mil, quantia que segundo ele ainda era insuficiente.

Segundo essa fonte, vários médicos preferem a rede privada ou cidades mais distantes. Ele citou o caso de um médico que trocou Barra do Garças por Bom Jesus do Araguaia para receber salário de R$ 10 mil reais.

As unidades flagradas descobertas hoje ficam nos bairros mais distantes, onde a comunidade sem atendimento acaba recorrendo ao Pronto Socorro. O bairro de Vila Maria, que ficou 6 meses sem médico, está tendo agora o médico Marco Aurélio em dois dias da semana, terça e quinta-feira pela manhã. Na segunda e quarta, ele atende na policlínica do São José.

O posto de saúde do Palmares também estava sem médico porque o profissional foi dispensado para participar de um congresso. Ele atende nesta unidade segunda e quarta-feira de manhã e em dois periodos, manhã e a tarde, na quinta-feira. O posto de saúde do Jardim Nova Barra conta com o pediatra José Antônio Carlos da Mota em alguns horários, todavia ele fica mais no PSM, onde é lotado.

A única unidade com médico visitada pela reportagem foi o PSF do Jardim Araguaia (Cohab), onde a profissional Juliana está retornando ao trabalho.

A crise nos PSF's tem afetado o Pronto Socorro que está sempre cheio. Um dos motivos da superlotação foi a suspensão da triagem que era realizada pelo médico Paulo Raye e que está sozinho durante as manhãs. A direção do PSM informou ao médico que a triagem foi suspensa por determinação do Ministério Público, todavia o promotor Marcos Brant desmentiu essa informação.

A secretária de saúde, Daniela Salum, em recente entrevista ao Olhar Direto, desmentiu essa falta de médico e disse que a Vila Maria tem médico atendendo há 3 meses.
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