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Sexta-feira, 26 de julho de 2024

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Atriz conta que Bruna Surfistinha mudou sua vida

Emocionada com a primeira projeção do trailer de Bruna Surfistinha, a atriz Deborah Secco falou sobre a importância de protagonizar o filme, que conta a vida e o trabalho da ex-garota de programa Raquel Pacheco.


- É uma personagem que muda a vida de uma atriz, e certamente mudou a minha.

O longa-metragem conta mais do que a história da garota que fugiu da família rica para se prostituir. Bruna Surfistinha explora os medos, descobertas, tristezas, alegrias e destruição da personagem-título, o que destoa do foco dado às relações sexuais, visto em O Doce Veneno do Escorpião, livro que inspirou o filme. Deborah explica.

- É a história da prostituta mais famosa do Brasil que perde tudo, tem overdose e as drogas destroem esse mundo que ela conquistou e inventou. São várias Brunas: a Bruna menina, a Bruna se descobrindo mulher, a Bruna acreditando que é a única do planeta. Essa é a parte da vida dela que a gente conta no filme.

Desde a primeira declaração de Deborah, já era possível ver o envolvimento da atriz com seu personagem.

- Bruna Surfistinha foi um divisor de águas na minha carreira.

Atuando desde os oito anos de idade, a atriz acredita que esta foi a primeira vez em que teve de mergulhar intensamente em um personagem em pouco tempo, o que tende a mudar a forma como ela trabalha.

- Eu redescobri o prazer em atuar. Eu reencontrei uma Deborah que há muito tempo eu não via.

Construção

Para entrar na personagem, Deborah morou sozinha em São Paulo para, segundo ela, entender a solidão e como é viver sem boas relações familiares.

A construção da personagem para as telonas foi feita com a ajuda de um preparador de elenco. Deborah não quis conhecer Raquel Pacheco antes da Bruna estar criada na cabeça a atriz.

- Só encontrei com ela um dia antes das filmagens começarem.

A estrela explicou que não queria que a sua criação fictícia fosse influenciada pela realidade.

- Mas fiquei feliz de saber que muita coisa que eu tinha imaginado e colocado na minha Bruna tinha a ver com o que ela era e sentia.

Algumas das cenas de Bruna Surfistinha foram feitas em plena Cracolândia, região no centro de São Paulo tomada por usuários de drogas nas ruas, o que teria ajudado a dar o clima pesado que a trama pedia.

É uma personagem completa e complexa, que me deu a possibilidade de trabalhar cada pedacinho dela.

A atriz comentou, ainda, que as dificuldades enfrentadas durante a produção [Bruna Surfistinha foi recebido de forma negativa pelos investidores financeiros] são resultados de preconceitos que precisam ser quebrados e, apesar de tudo, serviu como estímulo para a sua atuação.

A gente vê várias histórias tristes, de violência, e acha errado uma menina se prostituir? Precisamos perder o medo de falar sobre assuntos que estão presentes nas nossas vidas, temos muitos outros tabus para retratar.

Um novo olhar

Viver uma prostituta nos cinemas mudou a ideia que Deborah tinha destas mulheres. Segundo a atriz, só convivendo com elas é possível perceber “o olhar vazio, às vezes anestesiado de tanto mau trato, e que elas não são vilãs” – um preconceito que a própria atriz assume que tinha antes de conhecê-lo.

- Hoje eu tenho outra visão: elas são guerreiras e muito corajosas.

Expectativa para o lançamento

Com estreia prevista para 25 de fevereiro de 2011, Bruna Surfistinha deve provocar as mais diferentes reações e Deborah acredita que não tem como prever leituras de cada um. Mas ela garante que tem um interesse enorme em fazer com que Bruna Surfistinha seja assistido, mexendo com os sentimentos das pessoas.

- As que virem [o filme], que riam e se emocionem assim como a gente.
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