A má campanha do São Paulo no início do Campeonato Brasileiro obriga Paulo César Carpegiani a armar uma equipe ofensiva em busca da recuperação na tabela. O treinador explicou que não pode perder tempo e, por isso, sabe que corre riscos ao armar um time extremamente ofensivo diante de um clube perigoso como o Cruzeiro.

"É o preço que estamos pagando por um passado em que o clube deu um pouco mais de atenção para a Libertadores, mas foi algo normal, sem crítica. Se não tivesse a Copa do Mundo, o São Paulo teria passado pelo Inter, mas, durante a pausa, o adversário conseguiu se recuperar", afirmou.

Carpegiani ainda não era o treinador do Tricolor quando a equipe disputava simultaneamente Brasileirão e Libertadores. Na época, o então técnico Ricardo Gomes deu prioridade ao torneio continental, como aconteceu também em anos anteriores com Muricy Ramalho. A competição é uma obsessão da torcida são-paulina.

Agora, o São Paulo ocupa o sétimo lugar do Nacional, com 47 pontos, e tem seis rodadas para buscar a vaga na próxima edição do torneio. Com o quarteto ofensivo confirmado para a partida diante do Cruzeiro, na noite desta quarta-feira, em Uberlândia, Carpegiani assume a responsabilidade por deixar a defesa desguarnecida.

"Temos que correr esse risco, de sair para fazer os três pontos contra um adversário muito qualificado", ponderou. Portanto, Carpegiani prevê um jogo semelhante ao do clássico contra o Santos, que foi vencido pelo Tricolor por 4 a 3.

"O Santos é ofensivo e quem joga contra ele também se vê na obrigação de atacar. Com isso, o jogo fica aberto e pode acontecer qualquer coisa. É isso o que prevemos para a partida de amanhã (quarta)", concluiu.