O comerciante José Carlos Biancardini Jorge, conhecido como Cacalo, procurou a reportagem do Olhar Direto nesta quinta-feira (4) para mais um protesto diante dos problemas ambientais que Mato Grosso vem sofrendo.

Com recortes de jornais nas mãos, mostrou quantas mazelas têm sido feitas na região somente no último mês, sem esforços do governo e da sociedade para solucionar.

“Não sei mais a quem devo recorrer. Matérias vão continuar saindo e ninguém vai fazer nada para corrigir esses problemas? Isso só pode ser uma brincadeira de mau gosto”, disparou Cacalo, que em outubro chegou a protocolizar uma denúncia no Ministério Público Federal (MPF) em relação à seca da Baía de Chacororé, no Pantanal.

O comerciante relembra que, há poucos dias, a imprensa noticiou que o esgoto gerado no Hospital Júlio Muller é despejado no Rio Cuiabá há cerca de uma década, levando risco de sérias e graves contaminações à população.

Mais recentemente, em 27 de outubro, a TV Centro América denunciou que a nascente do Rio Teles Pires, na região de Sinop, estaria toda contaminada, recebendo esgoto do presídio “Ferrugem”, instalado nas imediações da nascente.

“O Estado não faz nada, os municípios não fazem nada. Ninguém está trabalhando para resolver nada. Nossos filhos e netos não terão a oportunidade de ver o que ainda há de belezas naturais hoje”, diz.

Cacalo ainda pede uma força de todos, uma espécie de corrente em prol do meio ambiente, reunindo sociedade e autoridades em defesa dos rios, das matas e tudo aquilo que, preservado, é fundamental para uma vida equilibrada.