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Quarta-feira, 24 de julho de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Unidades de Saúde ainda não se adequaram a resolução que obriga presença de fisioterapeuta em UTI

Oito meses após a publicação da Resolução RDC Número 7, editada pela Anvisa, que prevê ampliação da atuação de fisioterapeutas em UTI’s, o que se constata no estado de Mato Grosso, é que ainda não há mobilização para adequações por parte das unidades de saúde. A medida que passou a vigorar em 25 de fevereiro conta com três pontos principais que beneficiam a sociedade e os profissionais da área.


A resolução estabelece a presença de fisioterapeutas por pelo menos 18 horas diárias nas Unidades de Terapia Intensiva, exige que a coordenação do serviço seja realizada por um especialista em terapia intensiva e que haja 01 profissional para cada 10 leitos. Esses requisitos respingam em toda uma relação de trabalho, como os médicos e enfermeiros, que participam daquele ambiente, e por isso, a resolução estipulou prazo de um ano para adequações com equipamentos e três anos para adequações com pessoal.

Segundo o presidente do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 9ª Região (Crefito 9), Elias Nasrala, a medida é uma conquista da categoria, que beneficia especialmente a sociedade. “O usuário do serviço poderá usufruir melhor daquele atendimento e o profissional assume a responsabilidade por cuidar de tudo”, explica. No entanto, o que se tem constatado é que ainda não há mobilização de maneira efetiva por parte de hospitais públicos, privados ou filantrópicos para cumprir as determinações.

De acordo com a coordenadora de serviço de fisioterapia do Hospital Santa Rosa, Mara Nasrala, até o momento apenas a questão de carga horária foi resolvida pela maioria das entidades. “Algumas unidades já possuem especialista durante as 24 horas do dia, porém, ainda não foi providenciado que a relação profissional/leito seja de 01/10 e que os coordenadores sejam especializados”, afirma.

O presidente do Crefito 9, Elias Nasrala, assegura que a realidade de Mato Grosso é heterogênea. “Alguns hospitais nem possuem fisioterapeutas”. Porém, a falta de adequação nesses oito meses de vigência da resolução não é exclusividade do estado. “O Brasil inteiro ainda está caminhando a passos lentes para cumprir essa resolução”, diz Mara Nasrala.
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