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Quarta-feira, 24 de julho de 2024

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Cáceres está em sinal de alerta contra a dengue, diz ministério

Em Mato Grosso, seis municípios participam do Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) 2010 que os locais onde o combate à dengue deve ser mais intensificado. Cinco deles continuam trabalhando na consolidação das informações.

Em Mato Grosso, seis municípios participam do Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) 2010 que os locais onde o combate à dengue deve ser mais intensificado. Cinco deles continuam trabalhando na consolidação das informações. Os dados de Cáceres já foram enviados ao Ministério da Saúde. O município, que tinha risco de surto de dengue em 2009, agora aparece em situação de alerta, devendo redobrar os cuidados para evitar casos graves e mortes pela doença neste ano.


O Índice de Infestação Predial (IIP), que era de 4,7 pontos em 2009, ficou em 1,8 pontos em 2010. Rondonópolis, que tinha IIP de 2,5 pontos percentuais ano passado, ainda não informou os dados deste ano. Várzea Grande, que registrou 3,8 pontos, também não informou, assim como Sinop, Sorriso e Cuiabá.

Em todo o Brasil existe 15 municípios em risco de surto da doença no Brasil, incluindo duas capitais. São 11 no Nordeste, três no Norte e um no Sudeste. Isso significa que, nessas cidades, mais de 3,9% dos imóveis pesquisados apresentam larvas do Aedes aegypti. Outros 123 municípios, dos quais 11 capitais, estão em situação de alerta (veja abaixo). Neles, entre 1% e 3,9% dos imóveis analisados registram infestação. E 162 cidades apresentam índice satisfatório, abaixo de 1%.

A metodologia apresentada nesta quinta-feira (11) pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, durante o lançamento da Campanha de Combate à Dengue 2010, permite identificar onde estão concentrados os focos do mosquito em cada município. Neste ano, 425 cidades estavam programadas para participar do LIRAa. Ano passado, foram 169. Do total de municípios previstos para este ano, 300 já enviaram as informações ao Ministério da Saúde, até o momento. Em outras 118 cidades, o estudo está em andamento – e sete inicialmente previstas decidiram não realizar o levantamento.

“Embora o grau de conhecimento das pessoas sobre a doença e a prevenção seja alto, em torno de 96%, o brasileiro sabe que tem papel fundamental na eliminação dos focos do mosquito, o que ainda é um desafio no Brasil. Prova disso é o resultado do LIRAa deste ano”, alerta o ministro José Gomes Temporão. “Nessa lógica, ganham força duas mensagens fundamentais: que os governos e os cidadãos devem fazer, juntos, a sua parte e que a eliminação de criadouros deve ser algo rotineiro”.

AÇÕES – Desde 2009, com o lançamento das Diretrizes Nacionais para Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue, o Ministério da Saúde tem priorizado o reforço no apoio aos estados, com o envio de:

Veículos e equipamentos

· 40 picapes

· 115 motos

· 90 equipamentos para aplicação de fumacê

· 200 nebulizadores para aplicação de inseticidas dentro de imóveis

Medicamentos e insumos

· 2,77 milhões de unidades de paracetamol (gotas e comprimidos)

· 2,03 milhões de frascos de soro fisiológico injetável

· 562,7 mil envelopes de sais de reidratação oral

· 5.444 kits para testes de laboratório, suficientes para realizar 530 mil exames

Inseticidas

· 3,42 toneladas de larvicidas

· 219.236 litros de adulticidas

Segundo o Ministério, ainda dentro das ações de reforço, houve o treinamento e a capacitação em todos os estados e no Distrito Federal sobre vigilância epidemiológica, plano de contingência para enfrentamento da epidemia, controle de vetores com preparação e aplicação de larvicidas e inseticidas, técnicas de segurança do procedimento e uso de armadilhas de monitoramento, além de assistência aos pacientes com organização da rede e aplicação da classificação de risco.

Simultaneamente ao trabalho com os estados, o Ministério deu início à revisão dos manuais de diagnóstico e tratamento de pacientes com suspeita de dengue (adulto e pediátrico), com divulgação prevista para dezembro. No próximo dia 18 de novembro, em parceria com a Fiocruz e as redes Telessaúde e RUTE, será realizada videoconferência para capacitar profissionais de saúde de todo o país sobre diagnóstico e manejo clínico da dengue.

Também está em andamento uma parceria com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e com operadoras de planos de saúde para implantação da Classificação de Risco nas unidades de saúde particulares. Em 2009, o Ministério enviou do kit “Dengue: Decifra-me ou Devoro-te” para 300 mil médicos e 292 mil enfermeiros de todo o país, com informações técnicas sobre a doença e manejo clínico de pacientes.

VIGILÂNCIA – No rol de medidas de combate à dengue, o Ministério também ampliou de 48 para 66 as Unidades Sentinelas de monitoramento de circulação viral. Foram destinados R$ 25 milhões aos municípios para incorporarem Agentes de Controle de Epidemias às equipes de Saúde da Família. Entre 17 e 29 de outubro, 25 brasileiros e 15 representantes de nove países das Américas com transmissão de dengue participaram, em Belo Horizonte (MG), do 7º Curso Internacional de Gestão Integrada, Prevenção e Controle de Dengue.

Ampliou-se de 22 para 26 as unidades da federação com Centros de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS). Ao todo, até o fim deste ano, a União repassará a estados e municípios R$ 921,6 milhões por meio do Piso Fixo de Vigilância e Promoção da Saúde. Esse valor não é exclusivo para o combate à dengue e não inclui nem a contrapartida de estados e municípios nem os gastos com equipamentos, medicamentos, inseticidas, kits de diagnóstico e campanha de mídia.

DENV-4 – Após 28 anos sem circulação deste sorotipo no Brasil, o DENV-4 foi detectado em julho, em Boa Vista (RR). Até o momento, dez casos foram confirmados, mas desde setembro não há suspeita de novos casos pelo sorotipo 4. Embora o sorotipo não tenha sido detectado em outras localidades, até o momento, seu ressurgimento em Roraima levou o Ministério da Saúde a emitir alerta a todas as Secretarias Estaduais de Saúde.

Em parceria com as Secretarias de Saúde do Estado de Roraima e do Município de Boa Vista, o Ministério da Saúde adotou medidas de contenção, com a aplicação de larvicidas e inseticidas em todos os bairros da capital, visitas de Agentes Comunitários de Saúde em 100% dos domicílios nos 17 bairros com casos suspeitos e confirmados pelo DEN-4. Além disso, foram intensificadas ações de eliminação de criadouros, limpeza urbana e busca ativa de novos casos suspeitos. (Com informações do Ministério da Saúde).
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