Um secretário de Estado, além dos 12 indiciados pela Delegacia Fazendária (Defaz), também pode estar envolvido no esquema que resultou num desvio de R$ 44 milhões, do programa Mato Grosso 100% Equipado, financiado com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O secretário, segundo apurou o
Olhar Direto, teria viabilizado a participação de uma empresa que foi uma das vencedoras da licitação. Caso seja confirmada essa participação, de acordo com fontes do Palácio Paiaguás, a saída deste secretário seria iminente.
A viabilização envolveu uma factoring de alto nível de liquidez e também contou com o aval político de um deputado estadual, cujo grau de participação no suposto esquema foi apenas "político", numa intervenção considerada normal no âmbito do Poder Executivo.
Mesmo a despeito da normalidade, a participação do secretário trata-se de um fato novo que pode inclusive alterar a composição do staff do governador Silval Barbosa. O
Olhar apurou que o chefe do executivo estadual "tem interesse em saber se o ato do secretário" foi decisivo no sentido de contribuir para a lesão dos cofres públicos.
Em Brasília, entre os parlamentares federais, o sentimento é de ansiedade, apreensão e surpresa diante da "ativa participação" de um novo secretário de Estado no esquema mais lesivo ao erário durante a gestão estadual.
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