Por unanimidade, os vereadores de Cuiabá rejeitaram a proposta, de autoria do vereador Toninho de Souza (PDT), para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap). Apenas Toninho se manifestou favorável a apurar suposto esquema fraudulento na autarquia, o qual classifica de “Máfia da Seca”.

Na prática, o pedido de CPI acabou nem sendo apreciado, mas foi colocado para “escanteio” com a aprovação da proposta do vereador Antônio Fernandes (PSDB), que atuou como relator da comissão especial que apurou o caso e concluiu o relatório contendo uma série de recomendações a serem atendidas pela administração Chico Galindo (PTB).

Fernandes propôs a criação de uma comissão, formada por representantes de vários segmentos sociais, para acompanhar os trabalhos da Sanecap pelo período de 90 dias. Depois disso, se as falhas apontadas não forem corrigidas, daí então será discutida novamente a necessidade de se instaurar uma CPI. Segundo ele, a prefeitura tem demonstrado interesse em resolver o problema, por exemplo, ao trocar o presidente e a equipe da diretoria da instituição.

Já Toninho de Souza argumentou que, apesar de Galindo mostrar ter “boa vontade”, não terá condições de atender às recomendações já apresentadas pela comissão especial. Entre as irregularidades levantadas estão a cobrança de propina para a não realização de corte de água nas residências e a venda de água à população em caminhões-pipas particulares. Porém, nenhum nome foi citado.

Recentemente o secretário de Governo do município, Lamartine Godói, esteve na Câmara de Cuiabá e pediu aos parlamentares que votassem contrário à instauração de CPI. Desse modo, a solicitação foi acatada por unanimidade pelos vereadores.