O promotor de Justiça Mauro Zaque confirmou nesta quarta-feira (01) o recebimento de informações do envolvimento de outros secretários no superfaturamento de R$ 44 milhões na compra de maquinários pelo Governo do Estado. Segundo ele, os demais gestores não ainda foram acionados por falta de provas concretas, mas o Ministério Público vai investigar, segundo fontes, um secretário e dois ex-secretários.

Zaque ressaltou que foram propostas ações somente contra os ex-secretários de Infraestrutura e Administração Vilceu Marchetti e Geraldo De Vitto, respectivamente, por haver provas seguras e concretas contra ambos, mas que nada impede de serem instaurados outros procedimentos havendo fatos novos passiveis de ser apurado com documentos, tendo em foco outras pessoas.

Contrapondo as acusações da defesa do ex-governador Blairo Maggi (PR), de que teria usurpado das atribuições do procurador-geral de Justiça, Marcelo Ferra, o promotor rebateu as críticas do advogado Sebastião Monteiro, dizendo não "ser filho de pai assustado" e que os argumentos utilizados pela defesa do republicano podem ser considerados uma coação jurídica.

“Esse é o tipo de conversa que a mim só serve de coação. Quem diz se deveria ou não ser investigado é quem conhece o inquérito. Parece-me que estão querendo priorizar o assessório em detrimento do principal, que é desvio de dinheiro público”, declarou Zaque, em entrevista a Rádio Cidade na manhã desta quarta (01).

O advogado Sebastião Monteiro disse na tarde dessa terça-feira (30) em entrevista ao Olhar Direto que irá representar Zaque juntamente com os promotores Gilberto Gomes, Célio Fúrio, Clóvis de Almeida Júnior e Gustavo Dantas Ferraz, que assinaram a representação de investigação contra Maggi, no Conelho Nacional do Ministério Público (CNMP) e perante a corregedoria do Ministério Público de Mato Grosso.

Para a defesa do ex-governador, Zaque usurpou das atribuições do procurador geral de Justiça, quando mesmo tomando conhecimento das declarações do empresário Pérsio Briante sobre o suposto envolvimento de Maggi no superfaturamento dos 705 maquinários, na encaminhou o inquérito civil, na sua integralidade, à Marcelo Ferra, que legalmente é o único que possui legitimidade exclusiva no MPE para investigar um chefe do Executivo.

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