Pelo menos três gerentes ligados à área tributária da Secretaria de Fazenda (Sefaz) teriam colocado seus cargos à disposição, nesta terça-feira (6), num protesto contra o que os fiscais de tributos estaduais (FTEs) classificam de "política centralizadora, arbitrária e ilegal" do secretário-adjunto da Receita Pública, Marcel de Cursi, segundo informaram há pouco fontes da pasta fazendária.
Um coordenador e um superintendente da Sefaz, de acordo com as mesmas fontes ouvidas pelo
Olhar Direto, também podem "entregar" seus cargos ainda hoje a qualquer momento, o que pode tornar a crise interna daquela secretaria mais crítica ainda.
Na manhã de hoje, representantes dos fiscais de tributos estiveram no
Olhar Direto e afirmaram que o relacionamento entre o grupo TAF (Tributação, Arrecadação e Fiscalização) e Marcel de Cursi está deteriorado e que a situação é insustentável.
Segundo os líderes de classe, Marcel "não tem apoio nem de 10% dos fiscais" por conta da "arrogância, das ilegalidades e da prepotência" do adjunto, que tinha respaldo pleno do ex-secretário de Fazenda, Eder Moraes Dias, atualmente secretário-chefe da Casa Civil e é considerado o pincipal "homem-forte" do governo Silval Barbosa.
Os fiscais classificam o adjunto de "Rasputin (Grigoriy Yefimovich), farsante da corte da família russa Romanov, de Mister M (ilusionista norte-americano) e de monarca". "Ele também é uma espécie de senhor feudal, porque transformou a Receita Pública numa espécie de feudo, onde ele manda e criou inclusive um poder paralelo".
Uma alta fonte da Sefaz disse há pouco que as reclamações dos fiscais são, "improcedentes e não passam de lamúrias de quem quer continuar agindo sem planejamento, coordenação e de uma forma antiquada de fiscalizar". "Ele (Marcel de Cursi) é um dos maiores tributaristas do país e foi um dos princripais protagonistas do aumento da arrecadação, que praticamente dobrou nos últimos oito anos. As reclamações contra ele parte de fiscais antigos que não aceitaram as reformas implementadas".
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