A segunda prévia do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de março registrou deflação de 0,36%, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (19) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Na primeira prévia, o indicador, usado para calcular o reajuste da maioria dos contratos de aluguel, havia variado –0,45%. No mesmo período do mês anterior, o indicador registrou taxa de 0,45%.

Na passagem de fevereiro para março, os três componentes do IGP-M registraram queda em suas taxas de variação. O recuo foi mais sentido no Índice de Preços por Atacado (IPA), que teve deflação de 0,65%, ante taxa positiva de 0,47% no mês anterior.

No corte por origem, os produtos agropecuários tiveram maior peso na baixa, recuando 2,07%, frente a alta de 1,63% na segunda prévia de fevereiro. Já a taxa dos produtos industriais passou de 0,06% para –0,18%.

Entre os produtos, a maior influência de baixa veio da soja em grão, que ficou em média 7,89% mais barata no período. Bovinos e milho também contribuíram para o recuo da taxa, registrando variações de –2,54% e –5,15%, respectivamente.

Consumidor e construção

Dos três componentes do IGP-M, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) foi o único que manteve a taxa positiva, porém menor que a de fevereiro: o indicador passou de 0,38% para 0,31%. O destaque veio do grupo educação, cuja taxa recuou de 1,59% para 0,18%.

Também tiveram trajetórias descendentes as taxas dos grupos alimentação (de 0,26% para 0,19%) e despesas diversas (de 0,35% para 0,13%). Em sentido contrário, os grupos habitação (de 0,25% para 0,41%), vestuário (de -0,58% para -0,03%), transportes (de 0,40% para 0,43%) e saúde e cuidados pessoais (de 0,49% para 0,51%) apresentaram avanços em suas taxas de variação.

Terceiro componente do IGP-M, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) apresentou, na segunda prévia de março, taxa de -0,04%, ante 0,43%, no mesmo período de fevereiro.