Olhar Direto

Quarta-feira, 24 de julho de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Pronto Socorro

Cinco recém-nascidos morrem contaminados por bactéria no PSMC

28 Dez 2010 - 12:10

Da Redação - Kelly Martins e Pollyana Araújo

Foto: Assessoria

Secretário de Saúde, Maurélio Ribeiro, e técnicos de Saúde concedem coletiva para explicar mortes

Secretário de Saúde, Maurélio Ribeiro, e técnicos de Saúde concedem coletiva para explicar mortes

Cinco crianças recém-nascidas morreram na unidade neonatal do Pronto Socorro de Cuiabá nos últimos 15 dias por contaminação da bactéria cujo nome científico é estáfilo coagulase negativo.


Conforme o infectologista e coordenador da comissão de controle de infecção hospitalar do pronto socorro, Luciano Corrêa Ribeiro, não se trata de surto na unidade, mas sim de uma contaminação de pacientes que já vieram com germes do interior do Estado e foram internados no hospital.

O primeiro recém-nascido internado teria sido contaminado com a bactéria no sangue. Das cinco mortes, apenas uma estaria confirmada que a causa da doença teria sido pela contaminação direta.

E outros casos, segundo o infectologista, ainda estão sendo analisados e teriam sido vítimas de problemas hepáticos e cardíacos. O processo está em fase de investigação e o setor foi fechado para realização de desinfecção terminal.

A UTI (Unidade de Terapia Intensiva) tem capacidade máxima para 10 leitos e não havia nenhuma internação. A previsão é de que o local seja reaberto até esta quarta-feira (29). “Devemos dizer que apenas a morte de um paciente teria relação direta com o germe. Os outros casos seriam devido a pertencerem a um grupo de risco na internação”, reiterou o médico.

A última morte ocorreu nesse final de semana e todos os bebês são do interior do Estado. Até que a situação seja resolvida os pacientes estão sendo transferidos por meio da Central de Regulação para outras unidades hospitalares.

O secretário de Saúde de Cuiabá, Maurélio Ribeiro, informou, em entrevista coletiva nesta terça-feira (28) que as mortes não ocorreram mediante a falta de medicamentos e nem por superlotação. “O controle dessa bactéria é delicado, apesar de não se tratar de um surto. Trabalhamos com doentes em estado grave e debilitados. Essa situação mostra a fragilidade do sistema neonatal, porém, as medidas cabíveis estão sendo tomadas”, garantiu.

Participaram da coletiva o secretário-adjunto de Assistência da Saúde, Euze Carvalho, e o diretor do Pronto Socorro, Jair Gimenez.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

Sitevip Internet