Após a deflagração da Operação Jurupari, os servidores da Secretaria de Meio Ambiente (Sema) ficaram com o estigma de “corruptos” e, apesar das ponderações do titular daquela pasta, Alexander Maia, ao lembrar que existem bons funcionários na pasta e não se deve generalizar, o gestor também aproveita para mandar um recado àqueles que pretendem agir de forma ilícita ou em desacordo com os princípios da impossoabilidade e da moralidade.

“Temos o compromisso de perseguir quem não entende a grandeza do serviço público, que serve para beneficiar a população, e não dele se beneficiar em detrimento do cidadão”, afirmou em entrevista durante a solenidade de posse do governador Silval Barbosa (PMDB) realizada no sábado (1) no Centro de Eventos Pantanal.

A área ambiental sempre foi um setor problemático no governo Blairo Maggi (PR), que chegou a receber a moto serra de ouro, prêmio concedido aos maiores devastadores do paneta, pelo Greenpeace. Após muito desgaste e brigas com o ex-ministro de Meio Ambiente, Carlos Minc, o ex-governador adotou um discurso mais conservador e conseguiu refazer sua imagem com os ambientalistas, ao mudar de postura.

Agora Silval Barbosa mantém Alexander Maia na pasta para dar continuidade à política ambiental que já vinha sendo conduzida pelo gestor desde o período em que chefiava a Casa Militar, por meio do MT Legal. O atual secretário foi um dos responsáveis por ajudar Maggi a manter um diálogo de alto nível com os ambientalistas.

Articulado, Maia também defendia a implantação do Redução de Emissão por Desmatamento e Degradação (REDD) em Mato Grosso, um mecanismo de agregar valor à floresta em pé, ou seja, se um dono de floresta mantiver sua mata em pé será compensado financeiramente.

E a missão de Maia é vital para que essa imagem positiva de Mato Grosso seja mantida perante os ambientalistas. Vale lembrar que dois ex-secretários de Meio Ambiente da gestão Maggi saíram algemados por supostos desvios de conduta e crimes contra a ordem pública.