A OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), grupo integrado pelas 30 nações mais industrializadas do mundo, reiterou nesta terça-feira que não elabora nenhuma lista de paraísos fiscais.

A entidade alegou ainda que se limita a entregar aos organizadores da cúpula do G20 (que reúne as nações mais ricas e principais emergentes) informação sobre em que medida os países cooperam na luta contra a fraude fiscal.

Um porta-voz da OCDE disse à agência Efe a posição de que não há listas de paraísos fiscais, desmentindo, com isso, as informações publicadas pela imprensa suíça de que haveria 46 países na relação da organização.

O porta-voz lembrou que, há semanas, a organização reconheceu que, visando à cúpula do G20, que será realizada em 2 de abril em Londres, ofereceu documentação à Secretaria do Grupo.

O órgão tinha pedido uma avaliação de como operam os diferentes centros financeiros mundiais em relação aos mecanismos existentes para combater a fraude fiscal.

A imprensa suíça se referiu na segunda-feira a uma lista de 46 centros financeiros que não cooperam suficientemente em matéria de fiscalização.

Não cumpririam os padrões da OCDE nações como Andorra, Anguilla, Áustria, Suíça, Malásia, Hong Kong, Cingapura, Panamá, Belize, Chile, ilhas Cook, Costa Rica, Macau e Guatemala.

Já os países que cumprem um dos dez critérios levados em consideração são Bélgica, ilhas Cayman, Liechtenstein, Granada, ilhas Marshall, Mônaco e Bahamas.

Em uma situação menos comprometida estão Antígua, ilhas Bermudas e Virgens, Aruba, Barein, Brunei, Antilhas holandesas e as ilhas britânicas de Jersey e Guernesey.