Desde a última semana de 2010 chove constantemente na região norte de Mato Grosso, com diversificadas intensidades, e há praticamente 15 dias os moradores do ‘nortão’ não têm um dia inteiro de sol, sem chuva. O tempo está constantemente nublado e, quando não há precipitação em um período do dia, há em outro.

Nesta semana, por exemplo, choveu todos os dias em Sinop. Os dias amanhecem nublados e as pancadas de chuvas acontecem a qualquer hora, em determinados momentos com precipitação pluvial mais intensa, e em outros, com persistentes garoas. Na semana anterior, inclusive no final de semana da ‘virada do ano’, foi praticamente idêntico, com apenas um ou dois dias de sol.

Em outros municípios do extremo norte também há registros de intensas chuvas, como em Peixoto de Azevedo, Matupá e Guarantã do Norte. Da mesma forma, no médio norte, como em Nova Mutum e Lucas do Rio Verde, chove com intensidade e constância. No noroeste de Mato Grosso, na região de Juara e Juína, também há chuvas diariamente.

Apesar de ser considerado ‘normal’ chover bastante no mês de janeiro, em Mato Grosso, as constantes chuvas do começo de 2011 preocupam vários setores. Na agricultura, por exemplo, começa a aparecer a “ferrugem asiática” nas lavouras de soja, que causam prejuízos aos agricultores. Além disso, os que plantaram a ‘soja precoce’ começam a ter preocupações com a colheita, que deve começar no final do mês.

O poder público fica sobrecarregado com mutirões para limpeza de entulhos da dengue – que aumenta nessa época do ano por causa do acúmulo de água e proliferação do mosquito transmissor; manutenção em valetas de escoamento de água; ações emergenciais nos atoleiros que se formam nas estradas sem pavimento, entre outras.

Algumas comunidades rurais, como na região de Peixoto de Azevedo, chegam a ficar isoladas por causa da estrada sem condições de tráfego, pontes que caem e rios que alagam longos trechos das vias.