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Sábado, 27 de abril de 2024

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Mantega: dívida brasilera é alternativa aos Treasuries

O Brasil tem espaço para adotar mais estímulo fiscal e está bem posicionado para enfrentar a crise financeira global, o que faz de sua dívida soberana uma alternativa atraente aos títulos do Tesouro norte-americano, afirmou nesta segunda-feira o ministro da Fazenda, Guido Mantega.


Os comentários estão alinhados com a visão de alguns investidores de que o país pode relaxar a meta de superávit primário diante da desaceleração econômica esperada para este ano.

"Ainda temos muita munição", afirmou em uma conferência em Nova York patrocinada pelo Wall Street Journal e pelo Valor Econômico.

Ele destacou que o país ainda pode contar com gastos e mais alívio monetário. "O fato de o Brasil ser agora credor líquido nos dá uma vantagem", disse.

Mantega lembrou que autoridades chinesas expressaram recentemente preocupação com o perfil de crédito dos Estados Unidos, uma vez que a China é o maior detentor externo de Treasuries --com mais de 700 bilhões de dólares.

Embora tenha afirmado não ver razão para preocupações com a solidez das finanças do Tesouro dos EUA, Mantega também disse: "Se há alguém preocupado em investir em Treasuries, há uma alternativa segura e mais rentável: bônus brasileiros".

Mantega disse também que é importante que países como os Estados Unidos, onde a turbulência financeira começou, ajam rapidamente para enfrentar o problema de ativos tóxicos nos balanços de bancos. Sem isso, o crescimento econômico mundial deve continuar pressionado.

"Nós devemos lidar rapidamente com a fragilidade dos bancos", disse.

Segundo Mantega, muitos dos fatores que deixaram os EUA vulneráveis não existem no Brasil. Ele citou que a dívida imobiliária está em níveis mais baixos e mais gerenciáveis, assim como a alavancagem das instituições financeiras.

Antes dele, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, participou do evento e argumentou que uma estrutura regulatória relativamente rigorosa deu ao país uma base melhor para lutar contra a crise.

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou no evento que já vê sinais de que o crescimento está voltando após a retração do último trimestre de 2008.

"Todos os sinais apontam para recuperação do crescimento no segundo trimestre e na segunda metade do ano."
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