No Rio de Janeiro, começa nesta quarta-feira (19) o Campeonato Estadual de Futebol – quem sabe, com belas jogadas.

E um clube que já teve dias mais gloriosos vai tentar recuperar o prestígio com um investimento diferente: apostando no DNA de alguns craques do passado.

Foi só escolher a profissão e as comparações começaram. O repórter Carlos Gil comenta: “Não é a cara do pai? Olha o jeito de correr, de matar a bola”.

"Não sou a pessoa ideal pra falar, mas acho que sim, parece um pouquinho andando. Só andando também, porque jogando...", brinca Thiago Coimbra.

Zico, o nome que pesa sobre Thiago Coimbra, 27 anos, que escolheu jogar na mesma posição, o meio de campo. Realidade que Felipe Adão e Josimar Júnior conhecem bem.

Ao seguirem os passos dos pais, eles viram os caminhos se cruzarem. E acabaram se encontrando ou reencontrando, no mesmo time.

"O Thiago é como se fosse meu irmão. Nasci dentro da casa dele, praticamente. E o Josimar também vi subindo no Botafogo", explica Felipe Adão, atacante e filho de Cláudio Adão.

Hoje, os três são companheiros no América do Rio que, em crise financeira, resolveu apostar na genética. E um dos responsáveis pela contratação do trio foi Edu Coimbra, ídolo do próprio América nos anos 60 e 70, tio de Thiago e diretor de futebol do clube.

Aos 22 anos, Josimar Júnior herdou o fôlego do pai: o ex-lateral do Botafogo e da Seleção Brasileira, Josimar. "Tem que correr, todo dia. E eu acabei até pegando um pouco disso aí dele. Estou treinando bastante, agora estou direto, intenso", conta.

E o atacante Felipe, 25 anos, se espelha em Cláudio Adão, artilheiro nos quatro clubes grandes do Rio. "Meu pai se cuida mais do que... Todo dia corre... Fica até mal pra mim. Se eu não levantar, ele: ‘Ó, eu já levantei!’. Tenho que levantar, senão fica até ruim pra mim", afirma.

Não são mais iniciantes. Já passaram por grandes clubes e seguem na luta, evitando comparações, mas querendo provar que talento com a bola pode passar de pai pra filho.