Apesar dos protestos em Brasília dos mais de cem índios que manifestam posição contrária à construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, o ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, disse com plena convicção nesta terá-feira que “a construção da usina será iniciada de breve”.
Sem detalhar que prazos estão sendo adotados, Lobão foi questionado sobre as pressões de diversos setores da sociedade a respeito do impacto que o empreendimento poderá causar no rio Xingu, onde vivem centenas de comunidades indígenas e ribeirinhas.
O ministro, que participou nesta manhã da apresentação do Plano Nacional de Mineração, que entre outras medidas prevê a extinção do Departamento Nacional de Produção Mineral e criação de uma agência reguladora para o setor, disse que a construção da usina foi e está sendo “amplamente discutida” pela sociedade e que Belo Monte é imprescindível para ao sistema elétrico brasileiro.
“Se não utilizarmos a capacidade de produção de energia limpa que existe em Belo Monte, o Brasil terá que investir em energia suja, em termoelétricas, que demandam investimentos muito maiores”, acrescentou.
Os índios reclamam não terem sido ouvidos a respeito da construção da usina. Em protesto em Brasília, eles prometem entregar uma carta à presidente Dilma Rousseff com argumentos contrários ao complexo energético.