Os três presos pelo assassinato de Lucélia Mendes da Silva, 30 anos, morta por envenenamento quando estava grávida de seis meses de uma menina, também foram acusados de ameaçar e manter duas testemunhas, consideradas ‘chave’ do crime, em cárcere privado.
Odair de Oliveira Bastos, 30 anos, amante da vítima e Francisney Arcanjo da Silva, 19 anos, e Vergílio de Almeida Sobrinho, 38 anos, primos dele, foram presos na manhã desta terça-feira (08) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Conforme a denúncia apresentada pela promotora Ana Carolina Alves Fernandes Ferraz, promotora da comarca de Rosário Oeste, que investiga o caso, José Cobertino de Campos e Angelina de Moraes Soares, eram caseiros da chácara São Sebastião, onde Lucélia foi assassinada.
O casal teria presenciado todo o crime e no mesmo dia em que a jovem foi assassinada, 30 de junho de 2010, Odair e dos primos os ameaçaram com uma arma, dizendo que os mataria caso contassem qualquer coisa.
Ainda segundo a denúncia, o bando trancou os caseiros na chácara. “Após ameaçar as vítimas, utilizando-se de arma de fogo, não apreendida, determinaram (acusados) que aquelas (casal) ficassem dentro de uma das casas da Chácara São Sebastião, trancando a porta com uma das chaves e afirmando que se saíssem do local seriam mortos”.
Uma das chaves da casa ficou com José e permaneceram algumas horas em cárcere privado com a esposa. Eles só saíram quando amanheceu o dia, para avisar o pai de Lucélia sobre o que teria acontecido.
O amante e os dois ‘comparsas’ foram presos uma fazenda na região de Jangada, de propriedade do pai de Odair. Além de serem denunciados pelos crimes de homicídio qualificado e aborto, eles também responderão por ameaça a cárcere privado contra testemunhas.
Odair teve um relacionamento amoroso Lucélia por um período de tempo, do qual resultou uma gravidez. A vítima passou a exigir apoio financeiro dele, a fim de que ajudasse com as despesas da gestação. Com isso, ele arquitetou e premeditou o crime com os outros dois acusados.
Na noite do dia 30 de junho, os três foram até o local onde Lucélia morava, na zona rural de Jangada e, com requintes de crueldade, obrigaram a vítima, que estava grávida de seis meses, a ingerir veneno.
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