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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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Crítica de Lula às centrais sindicais ‘é legítima’, diz Sarney

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) classificou nesta quarta-feira (9) de “legítima” a crítica do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à pressão das centrais sindicais sobre o governo pela aprovação de um salário mínimo superior a R$ 545.


Pouco antes discursar como convidado do 11º Fórum Social Mundial (FSM), em Dacar, no Senegal, na segunda-feira (7), Lula lembrou o acordo feito com as centrais sindicais durante o seu governo e classificou de “oportunistas” os movimentos dos dirigentes para “mudar a regra do jogo”: “O que não pode é nossos colegas sindicalistas quererem a cada momento mudar as regras do jogo. Ou você tem uma regra, aprova na Câmara e vira lei e todo mundo fica tranquilo, ou você fica como o oportunista.”

Para Sarney, Lula tem a legitimidade de ser um operário e saber “o que é justo e injusto”. “É legítima [a crítica de Lula às centrais], uma vez que foi ele que fez o acordo com as centrais sindicais, é ele que presidiu o acordo e ele tem a legitimidade de ser um operário e de saber o que é justo e o que é injusto”, afirmou Sarney ao chegar no Senado na manhã desta quarta.

O acordo com as centrais citado por Lula prevê o reajuste do mínimo com base na inflação do ano mais o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores. A briga com as centrais sindicais ocorre porque o país, em decorrência da crise financeira mundial, não registrou crescimento em 2009. Os sindicalistas lutam para que seja aprovado um reajuste de até R$ 580, mas o governo já avisou aos aliados do Congresso que não recuará do valor estipulado: R$ 545.

O presidente do Senado defendeu o acordo feito pelo governo com as centrais sindicais. Para Sarney, o valor estipulado pelo Planalto está dentro da capacidade financeira do governo.

“Há um acordo feito com as centrais sindicais, um acordo que está sendo posto em andamento. Nesse sentido foi que a presidente mandou e dentro da capacidade de não criarmos uma desestabilidade econômica. É esse o salário que tem. Se as projeções forem confirmadas, o mínimo no próximo ano terá uma aumento de 13%, o que realmente é uma formula que atende ao trabalhador brasileiro”, argumentou Sarney.
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