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Quarta-feira, 24 de julho de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Prática usada para tratar câncer de mama não reduz mortes, diz estudo

A cirurgia de retirada dos gânglios linfáticos da axila, comum para tratamento do câncer de mama, não garante a redução de mortes entre mulheres com a doença em estágio inicial, afirmam pesquisadores norte-americanos. O estudo foi divulgado na revista da Associação Médica norte-americana (Jama, na sigla em inglês) nesta quarta-feira (9) por médicos do Centro Médico Saint John, na Califórnia.


Gânglios linfáticos - ou linfonodos - são órgãos que filtram o líquido em circulação no seio, destruindo ameaças ao organismo como bactérias e células cancerígenas.

Os cientistas norte-americanos compararam 445 pacientes que passaram pela retirada total dos linfonodos com outras 446 que fizeram uma cirurgia para remover apenas parte dos gânglios linfáticos - conhecidos como sentinelas, mais próximos ao tumor maligno.

Confira resumo do estudo aqui (em inglês).

Apenas 2% a 3% dos tumores na mama se espalham para os gânglios linfáticos da axila sem afetar os sentinelas. Mas o resultado do trabalho publicado pela Jama - patrocinado pelo Instituto Nacional de Câncer dos Estados Unidos - mostra que as pacientes dos dois grupos tiveram as mesmas taxas de sobrevivência após as operações.

Segundo os médicos do Saint John, a remoção pode ser desnecessária pois o tratamento com quimioterapia e radioterapia destrói as células afetadas pelo câncer antes que a doença se espalhe. Ao evitar a operação, as pacientes poderiam ser poupadas de efeitos colaterais à remoção como infecções, inchaços nas mamas e até parasilia dos braços.

A biópsia dos gânglios sentinelas serve para os médicos saberem se o câncer já se espalhou para outras regiões do corpo. Quando o exame aponta a presença de células cancerígenas, os médicos optam por retirar o restante dos gânglios da região da mama, como forma de controlar a doença.

Para preservar as mamas, cirurgias para combater o câncer no órgão podem ser menos invasivas. Um exemplo é a lumpectomia, uma cirurgia que conserva a mama, retirando apenas o tumor e parte dos tecidos ao redor. Já outros procedimentos, como a quadrantectomia e a mastectomia, chegam a retirar todo o seio ou partes dele.
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