Depois de passar 14 anos longe do futebol brasileiro, o pentacampeão Rivaldo voltou para tentar o sucesso com a camisa do São Paulo. E, com apenas duas semanas de novo clube, o jogador já viu companheiros de conquistas na seleção brasileira passarem por dificuldades. No Corinthians, Roberto Carlos, ameaçado de morte por alguns torcedores, cogita ir embora do clube. Ronaldo, também muito criticado, resolveu cumprir seu contrato até o final, embora tenha declarado que ficou muito incomodado com as atitudes da Fiel torcida, que invadiu o CT do Parque Ecológico, quebrou o carro dos jogadores e deu pedradas no ônibus do clube no último sábado. O pior só não aconteceu porque a Polícia Militar interviu.
Mas Rivaldo não tem medo do que pode vir pela frente. Ciente da pressão que é vestir a camisa 10 do Tricolor do Morumbi, ele bota fé no seu potencial.
- Essa pressão não me preocupa em nada, sou um cara de muita personalidade, o que vai acontecer no São Paulo não vai sujar a minha imagem. O que está acontecendo com o Ronaldo e o Roberto Carlos são coisas de quem atua em time grande. Eu tenho confiança de que tudo vai acabar bem. Eu sempre joguei em time grande na minha carreira e nunca fugi de nada. Aceitei o desafio de jogar no São Paulo sabendo da pressão dos torcedores e de vocês da imprensa. Mas não tenho medo de nada – afirmou o camisa 10, durante entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira, na capital paulista.
Depois de uma boa estreia com a camisa do Tricolor, quando marcou um gol e teve grande atuação na partida contra o Linense, o meia já não foi tão bem contra o Botafogo, quando o time perdeu por 2 a 1, em Ribeirão Preto.
- Isso é uma coisa que me preocupa. A estreia foi boa, mas depois já veio uma derrota, o que me deixou chateado. Temos de buscar a reação na partida contra a Portuguesa, sabendo que será um jogo complicado. É um clássico e a Portuguesa é uma equipe de muita tradição no futebol paulista – ressaltou o jogador.
Afastado do Mogi Mirim
O evento desta sexta serviu para o pentacampeão comunicar oficialmente seu desligamento do Mogi Mirim, clube no qual era presidente. O clube do Interior também acertou uma parceria com a Energy Sports, empresa que vai bancar o clube a partir de agora.
- Oficialmente, a partir de hoje, estou afastado por um ano do Mogi-Mirim. O vice-presidente Wilson Bonetti vai assumir o clube juntamente com o Hélio (Vasone Junior, da Energy). Quando acabar o ano, eu vou sentar com eles e decidir o que será feito. Enquanto eu for jogador, minha cabeça estará totalmente voltada para o São Paulo - concluiu o pentacampeão mundial.
