A Vale confirmou hoje que está prestes a contratar uma linha de crédito sindicalizado de US$ 3 bilhões, mas rejeitou planos de usar os recursos imediatamente. 'Só vai ser sacado em caso de necessidade', afirmou Guilherme Cavalcanti, diretor de Finanças da mineradora.
A ideia é que o empréstimo seja um seguro para o caso de necessidade de capital no futuro. De acordo com o executivo, as condições do financiamento só serão conhecidas com o término do processo de sindicalização em curso.
No momento, os bancos que ganharam mandato estão discutindo a distribuição de riscos. Hoje, a direção da Vale informou que não pretende recorrer a bancos para custear os investimentos em crescimento orgânico neste ano, estimados em US$ 24 bilhões. A ideia é usar a própria geração de caixa para tocar o programa.
Conforme executivos do grupo, a contratação de crédito só deverá ser realizada para gerenciamento do passivo como forma de melhorar a estrutura de dívida da empresa - reduzindo juros ou alongando prazos via troca de dívidas.
Vale Fertilizantes
Durante entrevista coletiva a jornalistas, Cavalcanti disse que o plano de realizar uma oferta pública inicial de ações da Vale Fertilizantes segue em fase de estudos. Ele afirmou que alguns bancos já estão trabalhando sobre o tema, mas que nenhuma instituição financeira foi contratada para fazer a emissão.
Por outro lado, o diretor destacou que a empresa já deu o primeiro passo para a execução da oferta referindo-se à reorganização societária que colocou todos os ativos da Vale na área de fertilizantes sob o controle de uma única holding.