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Domingo, 12 de maio de 2024

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INVESTIGAÇÃO

Corpo de juiz Leopoldino é exumado pela segunda vez

Foto: Geraldo Tavares/DC

Corpo do juiz Leopoldino foi exumado pela primeira vez em 2006

Corpo do juiz Leopoldino foi exumado pela primeira vez em 2006

O juiz da 15ª Vara Criminal de Cuiabá, José Arimatéia, determinou uma nova exumação do corpo do juiz Leopoldino do Amaral, que foi realizada na madrugada desta quarta-feira (2) no cemitério Municipal de Poconé (104 km de Cuiabá), onde o magistrado estava enterrado.


A exumação ocorreu devido à necessidade de realizar novos exames e colher novas provas que possam ajudar na investigação sobre a morte do magistrado ocorrida em setembro de 1999, na cidade de Concepcion, no Paraguai.

Arimatéria determinou que o caso corra em segredo de justiça, por isso não foi informado mais detalhes sobre os motivos que o levou a determinar a retirada do corpo.

O diretor do IML, Jorge Caramuru, explicou que a equipe já se reuniu e realizou o roteiro dos trabalhos. Segundo ele, a DHPP estava investigando o caso há dois meses e surgiram documentos, que não haviam sido apresentados em 1999 e 2006, data em que ocorreu a primeira exumação.

"Estamos começando a fazer a co-relação das provas já recolhidas para se chegar a uma nova conclusão", informou Caramuru, em entrevista ao Olhar Direto.

A exumação foi acompanha pelo delegado Márcio Pieroni, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Esta é a segunda vez que o corpo de Leopoldino é exumado e a primeira ocorreu para realização de exames de DNA, quando foi confirmado que o corpo era realmente do magistrado. A dúvida surgiu após declarações da escrevente Beatriz Árias, condenada pelo assassinato do juiz, de que Amaral estaria vivo.

Leopoldino foi assassinado após ter denunciado esquemas de venda de sentença no âmbito do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, nepotismo, assédio sexual, tráfico de influência etc.

O corpo dele foi encontrado com dois tiros na cabeça e parcialmente carbonizado, mas foi reconhecido por familiares. A morte de Leopoldino sempre foi envolta de mistérios.

Além de Beatriz Árias, o lobista Josino Pereira Guimarães também é acusado de ter participado do crime. À época ele foi denunciado por Leopoldino de ser o intermediário na transação das vendas de sentença no TJMT.

Josino conseguiu protelar o julgamento por 12 anos com recursos, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou a liminar concedida pelo ministro Gilmar Mendes que suspendeu o julgamento do empreiteiro. Josino deve sentar no banco do réu e encarar o júri popular ainda este ano.

Atualizada às 11h49
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