Os professores ligados ao Sindicato dos Trabalhadores na Educação Pública de Mato Grosso (Sintep), subsede Sinop, rejeitaram, hoje de manhã, em assembleia, a proposta do prefeito Juarez Costa (PMDB) para encerrar a greve da classe que já persiste há 16 dias. De acordo com uma fonte de Olhar Direto ligada ao Sintep, a decisão foi unânime.

“O Sintep quer a implantação de carga horária de 30 horas por semana para todos os professores, que os de 40 baixem para 30 e os de 20 também vão para os 30. Mas o prefeito criou uma situação que não concordamos, criando as 30 horas, mas somente para quem quiser aderir a essa carga horária”, destaca a fonte.

Os professores também argumentam que a proposta do Poder Executivo não contempla todos os profissionais da educação, como zeladoras, vigias e cozinheiras. A classe vai continuar em greve e voltará a cobrar, em mesa de negociações, que a proposta inicial do Sintep seja aceita pela prefeitura.

Conforme a tabela de reposição ofertada pelo Poder Executivo, o piso salarial para professor com nível médio passaria para R$ 1.347 mil iniciais, para carga horária de 40 horas. Já para os professores com graduação, saltaria de R$ 1.7 mil para R$ 2 mil; com especialização R$ 2.291 mil; mestrado R$ 2.695 mil e, doutorado, R$ 2.965 mil.

A proposta da prefeitura também prevê a criação da carga horária de 30 horas – uma das exigências da categoria – com salário inicial de R$ 1.010 mil a professores com ensino médio; R$ 1.5 mil a graduados; R$ 1.7 mil com especialização; R$ 2.021 mil com mestrado e, R$ 2.223 mil com doutorado.

Também haveria implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) a partir do mês de setembro deste ano. O aumento salarial seria dividido em duas etapas, sendo o porcentual da inflação em maio (6.46%), mais ganho real de cerca de 5% com a implantação do PCCS, em setembro. A progressão na carreira seria feita mediante avaliação regulamentada.

Veja a proposta da prefeitura rejeitava hoje pelo Sintep, clicando aqui:

Foto: arquivo Olhar Direto