O Pronto-Socorro de Barra do Garças, que funciona junto ao hospital municipal da cidade, está fechado desde as 15 horas desta quinta-feira (3) após uma inspeção da Vigilância Sanitária Estadual (Anvisa), que detectou irregularidades no funcionamento da ala de internação, na lavanderia do hospital e culminou com a decisão. Agora há pouco, por 20h, uma liminar garantiu a reabertura da unidade hospitalar.

No período da tarde, a movimentação foi intensa na porta do hospital com pacientes a procura de atendimento. Para completar o quadro de caos do Pronto-Socorro, dois acidentes de grandes proporções ocorreram nesta tarde com duas vítimas fatais e feridos que foram encaminhados para o hospital. Por sorte de familiares, os envolvidos do acidente foram internados antes da interdição.

A secretária municipal de Saúde, Daniela Salum, informou que as irregularidades na ala de internação são com relação ao telhado que está sendo reformado e a falta de alguns aparelhos cuja situação se arrasta desde 2007. O diretor do hospital, Messias Dantas, pediu um prazo para fazer as adequações.

A denúncia sobre a precariedade dos leitos do hospital foi encaminhada à Anvisa pelo promotor Marcos Brant. Nesse momento, o promotor está reunido com o procurador do município Edmar Júnior e integrantes da Saúde buscando um entendimento para reabrir o Pronto Socorro.


ATUALIZAÇÃO 22h00

A prefeitura de Barra do Garças conseguiu uma liminar por volta das 20 h para reabrir o hospital municipal para novas instalações possibilitando consequentemente a reabertura do Pronto-Socorro que ficou fechado por aproximadamente 6 horas. Prazo suficiente para causar um grande transtorno na cidade com dezenas de pacientes retornando sem atendimento.

Bombeiros estavam levando pacientes para hospitais particulares ou Aragarças-GO, cidade vizinha a Barra. A vereadora e ex-secretária de Saúde Antônia Jacob atribui a crise do Pronto-Socorro a falta de compreensão da Anvisa sobre as reformas da ala de internação e uma possivel perseguição orquestrada pelo promotor Marcos Brant.

O representante do MPE evitou falar sobre o assunto e não quis receber a imprensa. Brant passou a tarde inteira reunido com integrantes da saúde a procura de um entendimento sobre o Pronto-Socorro. O diretor do Pólo Regional, Franco Danny disse que a interdição era apenas para ala de internação cujo telhado está condenado e irregularidades no atendimento a pacientes. Todavia, segundo ele, não havia nenhuma determinação de fechamento do PSM. 

O Pronto-Socorro voltou a funcionar normalmente por volta das 20 h.