Existem alguns municípios em Mato Grosso que parecem ter sido esquecidos pelos governantes. Dom Aquino, situado a 172 quilômetros de Cuiabá, é um deles. A inércia e descaso do atual prefeito, Eduardo Zeferino (PR), têm deixado os moradores da cidade revoltados.

Os buracos tomaram conta das ruas e devido às chuvas a situação se agravou ainda mais. Em alguns locais, até mesmo na região central, conforme a equipe do Olhar Direto verificou in loco, é quase impossível trafegar usando carro de passeio.

Fundada em 22 de dezembro de 1958, em princípio “batizada” de Mutum e hoje considerada cidade histórica, Dom Aquino sequer tem uma rodoviária. A obra, iniciada na gestão da ex-prefeita Maria José Borges (PMDB), encontra-se parada.



Para aumentar ainda mais o desemprego, os comerciantes que ganhavam a vida com barracas localizadas em volta da praça central da cidade, denominada de Emanuel Pinheiro, único espaço de lazer destinado à população, foram retirados do local por iniciativa da prefeitura.



A falta de oportunidades é tamanha que, nos últimos 10 anos, de acordo com o Censo de 2010, apenas 387 pessoas migraram do município. Em 2000, o número de habitantes era de 8.031 e agora de 8.418.

Antes conhecida pelas suas belezas naturais e águas termais, Dom Aquino não explora o turismo na região. Há cerca de 10 anos realizava anualmente um festival de praia no Rio São Lourenço para atrair turistas. Hoje, nem isso acontece mais. O local onde era promovido o evento está tomado por um matagal. (Fotos: Pollyana Araújo)