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Sexta-feira, 03 de maio de 2024

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INCERTEZA

VG pode passar próximos meses em 'briga' entre Câmara e Justiça

A situação em Várzea Grande está cada vez mais complicada. A população que há muito tempo esperava uma reação dos vereadores referente à inércia do prefeito Murilo Domingos (PR)...

Foto: Alline Marques/OD

VG pode passar próximos meses em 'briga' entre Câmara e Justiça
A situação em Várzea Grande está cada vez mais complicada. A população que há muito tempo esperava uma reação dos vereadores referente à inércia do prefeito Murilo Domingos (PR) agora já não sabe mais quem poderá tomar conta da cidade. A Câmara Municipal tem mais sete pedidos de afastamentos para serem analisados, porém os parlamentares devem aguardar uma decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso sobre o retorno do republicano.


Ainda há a possibilidade de Várzea Grande passar os próximos meses na pendência do Judiciário, pois caso a justiça determine o regresso de Murilo ao cargo, os parlamentares podem aprovar um novo afastamento e a briga continuaria. Porém, o advogado de defesa do prefeito, Paulo Taques, já adiantou que caso os vereadores apliquem esta metodologia, ele irá solicitar o impedimento de análise desses pedidos.

Além disso, o prefeito interino, João Madureira (PSC), está cassado e se mantém no cargo por força de uma liminar, mas há informações de bastidores de que o processo pode ser agilizado e resultar na cassação definitiva do socialista. Sendo assim, quem assumiria o Paço de Couto Magalhães seria o vereador Maninho de Barros (DEM), que ocupa a presidência da Câmara, temporariamente.

Os parlamentares afastaram Murilo Domingos e o vice Tião da Zaeli (PR) por 180 dias, prazo no qual deverá ser concluído o relatório da Comissão Processante de Investigação (CPI), que resultará no pedido ou não de cassação do chefe do Executivo.

Ao que se percebe, até mesmo pelos elogios proferidos ao vice durante a transmissão de posse, os vereadores devem tentar manter Zaeli no cargo de prefeito. Porém, baseado no relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que reprovou as contas da Prefeitura de Várzea Grande no exercício de 2009 e subsidiaram a aprovação do afastamento do prefeito, uma das principais irregularidades ocorreu na Secretaria Municipal de Educação e Cultura, no período em que o empresário era o gestor da pasta.

Inclusive, o TCE determinou a devolução de R$ 2 milhões para a conta do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). A irregularidade seria porque Zaeli não teria aplicado o percentual mínimo de 60% dos recursos do Fundeb na remuneração dos profissionais dos magistérios, conforme exige na Constituição Federal.

O recurso ingressado pelo prefeito no TJMT aguarda o despacho ao relator, o que deveria ter ocorrido ainda na quarta-feira (9), mas com a suspensão do expediente, foi adiado para esta quinta-feira (10).

Madureira assumiu a prefeitura com ânimo e até já apresentou uma proposta aos médicos, em greve desde o ano passado, para que retornem ao trabalho imediatamente. Porém, até o momento não há uma resposta da categoria. A reunião ocorreu no sábado de carnaval (4). Também é notório os trabalhadores da Prefeitura às ruas fazendo limpezas e operações tapa-buraco pelas ruas da cidade, que estão caóticas.

Murilo protagonizou uma eleição em 2008 histórica contra Júlio Campos (DEM) e apesar de, na época, ter sido considerado ‘carta fora baralho’ o republicano acabou sendo beneficiado por um erro do próprio adversário, que se aliou ao ex-deputado Maksuês Leite (PP). A coligação não foi bem aceita pela população que deu a resposta nas urnas, elegendo Murilo como manifestação de protesto sem poder imaginar o caos do segundo mandato do prefeito.
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