O governador Silval Barbosa (PMDB) saiu em defesa do secretário de Saúde do Estado, Pedro Henry, no primeiro dia de paralisação da classe médica em todo o Estado, e declarou que, independente da greve, a administração das unidades regionais de saúde serão terceirizadas.

“Com greve ou sem greve iremos implantar esse novo modelo de gestão”, disse Silval, ao avaliar que diz não conhecer nenhum motivo grave para a paralisação dos cerca de 700 médicos. “Não tem motivo para essa greve. Pode ser que haja um motivo forte, mas não me foi apresentado”, pontuou.

Assim como Henry, o governador acredita que a concessão dos hospitais para Organizações Sociais (OSs) possa ajudar a resolver o caos na saúde. Silval e Henry têm dedicado seu tempo, nos últimos três meses, para implementar o novo modelo e já divulgou aviso de licitação para a contratação de OSs a fim de gerir o Hospital Metropolitano de Várzea Grande, previsto para ser entregue em maio.

“Estou há três meses buscando resolver esse problema centenário no Estado”, argumentou Silval, logo após a assinatura do convênio com a direção do Hospital do Câncer de Mato Grosso. Os principais motivos da greve são a contrariedade da categoria com a terceirização dos serviços e a demora na aprovação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV).

‘Doação’

Em cerimônia nesta quinta-feira (10), o governo doou R$ 1,6 milhão para a construção do Centro de Prevenção do Câncer de Mama. Valor semelhante já foi repassado a outras instituições, como o Hospital Santa Helena e os pronto-socorros de Cuiabá e Várzea Grande.