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Segunda-feira, 20 de maio de 2024

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Operação São Tomé

Prisão de 10 acusados é prorrogada e grileiro deve se entregar amanhã

Foto: Arquivo Pessoal

Rodrigo é enteado de Pachola e está foragido desde quinta-feira. Ele é acusao de ser testa de ferro e ter falsificado documentos da Fazenda Moreira

Rodrigo é enteado de Pachola e está foragido desde quinta-feira. Ele é acusao de ser testa de ferro e ter falsificado documentos da Fazenda Moreira

A prisão temporária de dez presos na Operação São Tomé foi prorrogada por mais cinco dias, dentre eles, a do grileiro Antônio Paulo de Oliveira , conhecido como Pachola, e do empresário Gilmar Aliberte, que chega nesta segunda-feira (14) da cidade de Marechal Cândido Rondon, no Paraná, onde foi preso na quinta-feira (10). Três já foram soltos após prestarem depoimento e outros três acusados ainda estão foragidos.


Porém, um dos braços direito de Pachola, Idevan Fernandes Savi, deve se entregar até terça-feira (15) em Sinop. O delegado da cidade, Luiz Henrique de Oliveira, informou que entrou em contato com o advogado de Idevan e a informação é de que ele irá se apresentar à polícia.

Oliveira também fez contato com os advogados de Rodrigo Lara Moreira, enteado de Pachola, e João Batista da Silva, testa de ferro da quadrilha, mas ainda não resposta se irão se entregar. Mas o delegado já adiantou que caso não se apresentem deverá ser pedida a prisão preventiva dos acusados.

Rodrigo é acusado de ser um dos líderes do esquema e morava com a família na cidade de União do Sul (660 km de Cuiabá). Ele seria o proprietário da Fazenda Moreira, regularizada com documentos falsos, e usada para ‘esquentar’ madeira. O jovem teria dado suporte ao esquema, sendo usado como testa de ferro da quadrilha. A polícia acredita também que ele estaria envolvido na falsificação de documentos para grilagem de terras.

A fazenda invadida sob a coordenação de Pachola e Rodrigo seria de propriedade de Henrique Beneck, que morreu durante o imbróglio judicial, facilitando a atuação da quadrilha, uma vez que a família do fazendeiro parece não ter interesse nas terras.

O pedido de prorrogação foi feito pelo delegado Carlos Fernando Cunha, da Delegacia de Meio Ambiente (Dema). O esquema foi descoberto há nove meses e as investigações tiveram início após Moacir Marcos Blaesi denunciar a invasão na sua propriedade.

Pachola é acusado de ter incentivado às invasões nas fazendas Moreira, Arara e Paraná, com o propósito de tomar posse destas terras no Norte de Mato Grosso e comercializar créditos de madeira ilegalmente. O grileiro ainda teria influenciado nas investigações na época das invasões da Fazenda Moreira, em 2007. Isso porque trabalhava como escrivão na Delegacia de União do Sul e foi responsável por apurar os fatos.

Já Aliberte, dono de uma madeireira em Sinop, teria se beneficiado com a compra de créditos ilegais de madeira e também teria ajudado a ‘esquentar’ madeira para outros empresários do ramo.

Também está envolvido no esquema o tabelião Antônio Guedes Ferreira, de Peixoto de Azevedo. De acordo com a polícia, ele estaria envolvido na falsificação de documentos para grilagem e falsos reconhecimentos da firma.

O ex-vereador Jocondo Bedin e o filho Rogério Bedin também foram apontados como responsáveis pela adulteração dos documentos, que deu condições dos integrantes da quadrilha conseguirem a liberação do Plano de Exploração Florestal da Fazenda Moreira.

Os envolvidos ainda tiveram a ajuda de um servidor da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) Jackson Monteiro de Medeiros, preso na Operação Guilhotina, em 2007. Roselayne Laura da Silva Oliveira, ex-servidora da Sema, também teria dado respaldo aos documentos falsos no órgão.

O advogado Antônio Fernando Alves dos Santos faz a defesa de vários envolvidos e teria praticado denunciação caluniosa na delegacia de Sinop. Ele já responde processo por extorsão, formação de quadrilha e corrupção. Engenheiros e agrimensores também estariam ligados ao esquema.
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