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Terça-feira, 23 de julho de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Aos 60 anos, infarto na mulher é tão comum quanto no homem, diz médico

O cardiologista Otavio Gebara, professor livre-docente da Faculdade de Medicina da USP, tirou dúvidas que chegaram pelo G1 e pelo Twitter sobre riscos de doenças cardíacas em mulheres.


Segundo o médico, os anticoncepcionais modernos têm pouca dosagem hormonal e, portanto, baixo risco cardiovascular. Quando associados ao cigarro e à obesidade, podem ser perigosos e causar trombose nas veias e coágulos que podem levar à embolia pulmonar.

O médico explicou que os sintomas de infarto são diferentes nos homens e nas mulheres. Falta de ar, dor que vai para as costas ou dor na boca do estômago, suor e mal estar são alguns dos sinais típicos do sexo feminino. Quem tem alguma sensação estranha na região do tórax ou do peito e se enquadra em algum fator de risco, deve procurar um especialista, disse Gebara.

De acordo com ele, a partir dos 60, 70 anos, o quadro clínico engana mais as mulheres, e é justamente nessa faixa etária que o risco é maior. O cardiologista afirmou que pressão baixa não é fator de risco e que isso é bom, pois a longo prazo a pressão arterial tende a aumentar. Entre os indivíduos de 60 anos, de 30% a 40% têm hipertensão.

Na gravidez, o coração da mulher trabalha cerca de 50% a mais, apontou Gebara. Essa elevação pode elevar os riscos para quem já tem algum problema cardiovascular. O médico esclareceu que sentimentos como estresse, raiva, vingança e depressão fazem muito mal ao coração. A depressão, por exemplo, pode aumentar o depósito de colesterol nas artérias e diminuir o cuidado com o próprio corpo.

A partir dos 60 anos, o risco de infarto entre as mulheres é tão alto quanto entre os homens, segundo Gebara. Aos 50 anos, após a menopausa, é hora de prestar atenção e, dez anos depois, é o momento de atenção máxima.

O especialista também falou se ser mãe ou não, ter varizes e usar medicamentos contra asma fazem crescer as chances de um problema cardíaco. Por fim, ele disse que o melhor exercício para o coração é a caminhada, em um ritmo entre 5 e 6 quilômetros por hora, de 30 a 40 minutos. Outras possibilidades são andar de bicicleta, nadar ou fazer academia, mas o mais importante é se mexer.
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