O som automotivo que perdeu espaço em Barra do Garças tenta voltar agora na cidade vizinha de Aragarças, às margens da praia Quarto Crescente do rio Araguaia. Uma lei municipal aprovada na Câmara Municipal e sancionada pela prefeitura goiana permitiu a prática do som automotivo na avenida Beira Rio, a partir das 18 horas. Entretanto a aprovação da lei contrariou interesses principalmente de empresários donos de bares, restaurante e hotéis que são contra a lei.

Semana passada, comerciantes denunciaram que o som estaria acima dos decibéis permitidos infringindo a lei do sossego público a partir das 22 horas. A Polícia Militar esteve na avenida multando motoristas e apreendendo veículos. A polêmica foi parar no Fórum de Aragarças. Uma audiência na terça-feira (22) buscou um entendimento entre as partes e manter o espaço para os jovens adeptos do som automotivo.

O vereador Isac Victor (PMDB) informou que a lei abre espaço para os carros de som automotivo, mas com horários e decibéis definidos (volume) para justamente não causar polêmica com vizinhos da principal praça de lazer de Aragarças.

O som automotivo é permitido de segunda à quinta-feira das 18 horas às 22 horas; na sexta-feira das 18 horas às 24h00 horas. Aos sábados das 13 horas às 04 da madrugada de domingo e nos feriados e domingos das 13 horas as 04 da madrugada. A lei determina que os carros de som devem permanecer na pista próximo a grade com os porta-malas (alto-falantes) direcionados para o rio. Os permitidos até 104 decibéis.

Os jovens ficaram satisfeitos com a manutenção da lei e disseram que vão colaborar para evitar novos transtornos. Por outro lado, os comerciantes da Beira Rio saíram insatisfeitos dizendo que a lei do sossego público está sendo desrespeitada. Eles entenderam que os jovens não conseguir manter o volume baixo dos carros e o transtorno vai continuar.

Em Barra do Garças, a polêmica do som automotivo é tão grande que o segmento teve que parar em 2008. A última tentativa de criar um espaço para os jovens em Barra foi no parque de exposição, mas não vingou. Antes disso, a juventude tentou se reunir dentro da concha acústica do Porto do Baé e mesmo assim enfrentou objeções e acabou suspenso a modalidade.