Os servidores técnicos de nível superior da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) de Mato Grosso se reuniram hoje de manhã com o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Mato Grosso (Sindsep-MT), Carlos Alberto de Almeida, e definiram que o próximo dia 15 de abril a categoria vai parar durante 24 horas.
Segundo a servidora Marly Aparecida Cruz da Silva, a paralisação quer pressionar o governo para que haja a realização de uma Gratificação Emergencial (GE), tendo em vista que o salário atual deles é de R$ 1,3 mil e o Plano de Cargo Carreira e Salários (PCCS) sugere R$ 3,3 mil.
O problema dos servidores técnicos ocorre porque no dia 13 de março, o diretor do Departamento de Coordenação e Controle das Empresas Estatais (DEST), Murilo Barella, encaminhou à Conab um ofício desaprovando o PCCS. Baseado em premissas já discutidas em reuniões de negociação entre os trabalhadores e a direção da CONAB, o diretor alega que o plano ainda tem falhas estruturais e ilegais.
Marly explicou que essa reestruturação e essa aprovação do PCCS vão demandar tempo e enquanto isso, eles recebem o menor salário do setor público federal. A servidora e o Sindsep-MT são responsáveis para que até o dia 15 a mobilização se estenda para âmbito nacional e para isso estão fazendo os contatos com os demais Estados.
Além disso, O DEST se recusa a aceitar e exige que sejam retirados do PCCS itens já acordados em consenso entre os trabalhadores e a Conab, como: movimentação na tabela salarial (promoção por merecimento e antiguidade) e benefícios e vantagens conquistados pelos trabalhadores. Os trabalhadores da Conab repudiam veementemente o parecer do DEST e exigem a implantação da proposta negociada e acatada pela categoria.
“Com essa greve, serão prejudicados setores do programa Fome Zero, na parte de compra e doação, a comercialização de grãos dos agricultores e a armazenagem, por exemplo. Que são de responsabilidades dos técnicos da Conab”, explicou Marly.